Apenas uma mulher em 2011 -

Com posse de novo ministro, TCU forma composição totalmente masculina

Desde que foi instalado no Brasil, em 1893, o Tribunal de Contas da União (TCU) tem mantido uma composição majoritariamente masculina. Em todos os anos de funcionamento, somente duas mulheres exerceram o cargo de ministras da Corte de Contas: Élvia Lordello Castello Branco, que tomou posse em 1985 e se aposentou em 1995 e a ministra Ana Arraes, que entrou na Corte em 2011 e deixou a cadeira em 2022.

Foto: Marcos Oliveira/Agência SenadoTCU
TCU

Nas duas ocasiões, as mulheres se aposentaram e foram substituídas por homens. Desta vez, com a posse do ministro Jhonatan de Jesus, nessa quarta-feira (15/03), a Corte ficou com todos seus ministros do sexo masculino. São nove ministros, nenhuma mulher. A representatividade no plenário da Corte se dá somente pela presença da procuradora-Geral do Ministério Público junto ao TCU, Cristina Machado da Costa.

Mesmo há 38 anos, em 1985, quando os movimentos por representatividade, igualdade de oportunidades no mercado de trabalho não eram tão latentes, no dia da posse da ministra Élvia Lordello Castello Branco, em decorrência da aposentadoria do ministro Ewald Sizenando Pinheiro, os colegas já falavam na Corte sobre a necessidade de existir um colegiado plural, que concilia pontos de vista.

Na ocasião, o ministro Thales Bezerra de Albuquerque Ramalho afirmou: “A ministra Élvia Lordello Castello Branco incorpora-se, agora, ao plenário e, portanto, ao colégio de ministros do Tribunal de Contas da União. Um colegiado que busca somar opiniões, conciliar pontos de vista, no esforço de alcançar a melhor decisão para cada caso que lhe é submetido. A moderação, o equilíbrio, o bom senso, são qualidades intrínsecas do colegiado”.

Em 6 junho de 1995, ela foi substituída pelo ministro Humberto Souto.

A pernambucana Ana Arraes, única mulher na composição de ministros desde 2011, foi indicada ao TCU pela Câmara dos Deputados. Ela presidiu a Corte entre 2020 e 2021. E entrou para a história também por ser a segunda mulher a ocupar a cadeira no TCU.

Confira a matéria na íntegra no Metrópoles.

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