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Com o Centrão cobrando mais espaço, presidente Lula alinha reforma ministerial

Com a eleição de Hugo Motta (Republicanos-PB) para a presidência da Câmara dos Deputados e de Davi Alcolumbre (União-AP) para o comando do Senado, o governo federal deve intensificar as negociações para a reforma ministerial planejada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Com informações do Metrópoles.

A expectativa é que o presidente inicie conversas com os novos presidentes das Casas Legislativas e líderes partidários para definir mudanças na Esplanada dos Ministérios. O objetivo da reforma é fortalecer a articulação política do governo com o Congresso e viabilizar a aprovação de projetos prioritários, como a proposta de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil.

Além da busca por maior alinhamento com o Legislativo, a reforma também deve contemplar a ampliação do espaço do Centrão na equipe ministerial, com vistas à governabilidade e às eleições de 2026. Um dos nomes cotados para integrar o governo é o da deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffmann. A parlamentar pode assumir a Secretaria-Geral da Presidência, atualmente comandada por Márcio Macêdo (PT).

Embora não haja confirmação oficial, Lula elogiou Gleisi em declarações recentes, afirmando que ela tem qualificações para ocupar um cargo ministerial. O governo já havia iniciado ajustes na equipe ministerial em janeiro, com a troca de Paulo Pimenta por Sidônio Palmeira na Secretaria de Comunicação Social. Desde então, mudanças vêm sendo implementadas na estratégia de comunicação do Planalto.

A definição da nova composição ministerial deve ocorrer nas próximas semanas, à medida que o governo intensifica negociações para consolidar sua base no Congresso.

Foto: Vinícius Schmidt/MetrópolesMinistérios em Brasília

Espaço para o Centrão

Antes mesmo do recesso legislativo, em dezembro de 2024, o Centrão já demonstrava desagrado com a atual configuração da Esplanada dos Ministérios e cobrava uma maior presença no primeiro escalão do governo Lula.

Os partidos que possuem representantes em ministérios são: MDB, PSD, Republicanos, PP, PCdoB e União, além do próprio PT.

A maior reclamação vem do PSD, de Gilberto Kassab, que atualmente comanda os ministérios de Minas e Energia, Agricultura e Pesca. Como o Metrópoles mostrou, a bancada do PSD na Câmara deseja fazer um remanejamento no primeiro escalão, tirando André de Paulo da Pesca para o Ministério do Turismo.

O Ministério do Turismo atualmente é comandado por Celso Sabino, do União Brasil, que deixaria o posto para assumir o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, chefiado por Luciana Santos (PCdoB), que iria para o Ministério das Mulheres.

O Metrópoles apurou que para dar mais espaço ao Centrão, o governo Lula estuda tirar alguns ministérios do PT e do PSB, partido de Geraldo Alckmin, e o PCdoB, que só tem Luciana Santos como representante.

Na atual configuração, o PSB ocupa os ministérios do Empreendedorismo, com Márcio França, e Desenvolvimento, com Alckmin. A saída do vice-presidente da Esplanada é cogitada, diante de planos para trabalhar a reeleição de Lula, em 2026.

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