De olho nas eleições de 2026, o Partido Progressistas (PP), comandado no Piauí pelo senador Ciro Nogueira, intensifica articulações para atrair lideranças políticas atualmente ligadas à base do governador Rafael Fonteles (PT). A legenda aposta na insatisfação de nomes que não enxergam espaço competitivo dentro das siglas governistas e buscam novas alternativas para viabilizar suas candidaturas.

Segundo o presidente estadual do PP, Joel Rodrigues, o partido está estruturando chapas proporcionais com foco em candidatos que tenham potencial de alcançar entre 20 mil e 22 mil votos — margem considerada suficiente para garantir assentos na Assembleia Legislativa do Estado (Alepi). A meta é ousada: eleger até sete deputados estaduais com essa configuração.

Foto: Divulgação/Alepi

Além de parlamentares em busca de melhores condições eleitorais, o PP também mira ex-prefeitos e gestores que encerram seus mandatos em 2024 e desejam manter-se na vida pública. A legenda quer se consolidar como uma alternativa viável para quem deseja disputar com competitividade, mas se sente ofuscado nas fileiras governistas.

A movimentação ocorre em meio à consolidação da chapa majoritária de Rafael Fonteles, que já conta com o apoio de PT, PSD e MDB. Com o cenário governista se fechando, o PP enxerga uma janela de oportunidade para atrair dissidentes e fortalecer sua presença no Legislativo estadual.

A estratégia também busca recuperar o fôlego da legenda, que sofreu baixas nos últimos anos, e recolocar o Progressistas como protagonista no tabuleiro político piauiense.