Em meio às recentes ameaças de Donald Trump contra o bloco Brics, o Brasil, na presidência do grupo, anunciou um compromisso de fortalecer o uso de moedas locais no comércio entre os países-membros. O objetivo é reduzir a dependência do dólar no comércio internacional, conforme determinado pelos líderes do Brics na Cúpula de Johanesburgo, em 2023. A medida busca criar plataformas que facilitem o uso das moedas nacionais em transações, proporcionando sistemas de pagamento mais acessíveis, seguros e transparentes.

Foto: Reprodução/Ricardo Stuckert

Essa iniciativa brasileira surge em resposta às ações comerciais dos Estados Unidos, que aumentaram tarifas sobre produtos como aço e alumínio, afetando diretamente as exportações brasileiras. A escalada da guerra comercial inclui também as recentes declarações de Trump, que ameaçou taxar em 100% as importações dos países que adotarem alternativas ao dólar, declarando que o Brics estaria “morto”.

O governo brasileiro, por meio de um documento oficial, ressaltou que as ações unilaterais de países como os EUA e o crescimento do extremismo em diversas partes do mundo ameaçam a estabilidade global e acentuam as desigualdades. Em resposta, o Brasil reiterou a importância de iniciativas multilaterais, defendendo o Brics como um espaço essencial para a construção de soluções globais e a promoção da diplomacia.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou que o Brics continua sendo um fórum relevante para a reforma da governança global, defendendo uma abordagem colaborativa para superar os conflitos atuais. O Brasil, por meio da presidência do bloco, reafirma seu compromisso com a estabilidade internacional e a promoção de alternativas que busquem um comércio mais justo e inclusivo.