Entrevista no The Guardian -

Bolsonaro é “confuso e incompetente”, diz Caetano Veloso a jornal britânico

músico Caetano Veloso criticou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em Em Em entrevista ao jornal britânico The Guardian nesta quarta-feira (29/07) classificando sua atuação como “confusa” e “incompetente”. Para ele, o governo atual é uma “raquete de insanidades”. As informações são deMetropoles.

“Ter um governo militar é horrível e Bolsonaro é tão confuso, tão incompetente. O governo dele não fez nada”, disse. “O que o Executivo brasileiro fez no período desde que ele foi presidente? Nada … Não houve governo – apenas uma raquete de insanidades”, opinou, ao periódico.

Para Caetano, a postura de Bolsonaro diante a pandemia do novo coronavírus tem sido “catastrófica”. “É bestial – e o presidente mantém sua posição, mesmo tendo sido infectado . Ele nem se comportou como Boris Johnson [primeiro-ministro do Reino Unido], que mudou de orientação depois de ser infectado”, disse.

“O que vimos tem sido mais sobre destruição. Tudo o que foi feito na Amazônia foi incentivar o desmatamento; tudo o que foi feito na esfera cultural tem a ver com o desmantelamento … museus, grupos de teatro, produtores de música e cinema”, continuou.

Apesar das duras críticas, o músico, apresentado no início do texto como o compositor exilado em Londres na época da ditadura, alegou que Bolsonaro é um retrato do Brasil e, por isso, amealha ainda cerca de um terço dos votos pelo país.

“Você não pode dizer que Bolsonaro não é o Brasil”, acrescentou. “Ele é muito parecido com muitos brasileiros que eu conheço. Ele é muito parecido com o brasileiro médio – na verdade, a capacidade dele e de seu bando de permanecer no poder depende de enfatizar essa identificação com o brasileiro ‘normal’ ”.

Logo na abertura da entrevista, o jornalista enfatiza a militância de Caetano contra a ditadura e pediu um posicionamento do músico sobre os atos antidemocráticos que ocorreram nos últimos meses. “Um pesadelo absoluto. É apenas loucura”, opinou. O compositor classificou os apoiadores de Bolsonaro como “fanáticos” e “bando ultra-reacionário”.

Por fim, Caetano confessou o “medo” de o presidente e seus apoiadores no Executivo não deixarem o posto com as eleições de 2022: “Temo que essas pessoas não vão querer deixar o poder tão facilmente”, concluiu.

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