O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou, nesta quinta-feira, (30/08), um financiamento de aproximadamente R$ 1,14 bilhão para dois importantes projetos de energia solar nos estados de São Paulo e Ceará. Os novos complexos fotovoltaicos, desenvolvidos pelos grupos EDP e Powerchina, irão adicionar cerca de 402 MW ao sistema elétrico nacional, beneficiando aproximadamente 524 mil residências.

Com este investimento, o BNDES acumula R$ 11,8 bilhões em financiamentos para projetos de energia solar desde 2017, consolidando sua posição como o maior financiador de energia renovável do mundo, conforme o ranking da Bloomberg. Desde janeiro de 2023, o banco já destinou R$ 4,1 bilhões para nove projetos solares, que somam cerca de 1,5 GW de potência instalada e a capacidade de abastecer 1,6 milhão de lares.

Foto: Reprodução/ Agência Gov

Novo Oriente, São Paulo: O complexo, localizado em Ilha Solteira, receberá R$ 805 milhões do BNDES. Com uma capacidade instalada de 254,6 MW e uma garantia física de geração de 73,5 MW médios, o Novo Oriente Solar fornecerá energia para cerca de 331 mil domicílios. O projeto incluirá a construção de seis usinas solares e um sistema de transmissão compartilhado, promovendo a geração de 2.320 empregos durante a implantação e 70 empregos diretos após a operação.

Mauriti, Ceará: O financiamento de R$ 339 milhões irá para três centrais fotovoltaicas em Mauriti, com uma capacidade instalada de 147,33 MW e uma garantia de 42,97 MW médios. Este projeto, que abastecerá mais de 193 mil residências, criará 501 empregos diretos e 474 indiretos durante a fase de implantação e contratará 12 funcionários permanentes após a conclusão. O complexo integra um sistema de transmissão e contribui para o Plano Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC), incentivando o desenvolvimento de energia renovável e a redução dos impactos climáticos.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que esses investimentos reforçam o compromisso do banco com a transição energética do Brasil e com o fortalecimento da matriz elétrica limpa do país. "Hoje, o Brasil é líder em energia limpa no G20, e esses projetos são fundamentais para manter essa posição", afirmou Mercadante.