Barroso diz que inteligência artificial deve ser regulada para proteger a democracia
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, destacou nesta segunda-feira (05/02) em Paris, durante a Conferência Judicial das Supremas Cortes do G20 para embaixadores, a importância da regulamentação da inteligência artificial para proteger os direitos fundamentais, a democracia, a segurança e a governança. Barroso ressaltou que a inteligência artificial pode ser uma ferramenta muito útil para os tribunais, especialmente no combate à morosidade judicial. Com informações do R7.
Segundo o presidente do STF, a inteligência artificial tem o potencial de influenciar significativamente a democracia, os direitos fundamentais e o bem-estar social, tanto de forma positiva quanto negativa. No entanto, ele enfatizou que a IA opera com base em dados, instruções e valores fornecidos pela condição humana.
Barroso mencionou uma série de benefícios da inteligência artificial, como aprimoramento da capacidade decisória em várias áreas, automação, aplicações na medicina, pesquisa científica e tecnológica, além de seu impacto sobre o meio ambiente e em atividades cotidianas, como busca na internet e navegação por GPS.
Entretanto, o ministro também levantou preocupações sobre os riscos associados ao avanço da inteligência artificial, destacando principalmente o impacto sobre o mercado de trabalho, com o possível desaparecimento de diversas profissões. Ele ressaltou a necessidade de capacitação das pessoas e o desenvolvimento de uma rede de proteção social pelos governos para lidar com essas mudanças.
Barroso concluiu que, diante desse cenário, é crucial conscientizar governos, plataformas digitais e sociedade civil sobre a urgência de tomar as providências necessárias para regular e orientar o avanço da inteligência artificial de forma a garantir seu uso responsável e benéfico para a sociedade.