Neste domingo (21/04), aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro reuniram-se para um ato público na orla da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Convocado pelo próprio Bolsonaro através de suas redes sociais, o evento contou com discursos que mesclaram política e religião, destacando o apoio a Bolsonaro, a Elon Musk e a defesa da liberdade de expressão, além de críticas à imprensa, ao governo atual, ao ministro do STF Alexandre de Moraes e às investigações sobre a tentativa de golpe de Estado.

Foto: Reprodução/ Agência Brasil

Falando em cima de um trio elétrico, Bolsonaro se retratou como vítima da "covardia" de um "sistema" que busca vê-lo "fora de combate em definitivo". Ele está sob investigação em um inquérito relacionado à tentativa de golpe ocorrida em janeiro de 2023, durante a qual teria discutido com militares uma minuta de golpe de Estado, que previa a prisão de Moraes, Gilmar Mendes e Rodrigo Pacheco, bem como a realização de novas eleições presidenciais baseadas em falsas alegações de fraude nas urnas eletrônicas.

Bolsonaro defendeu-se, afirmando que nunca atuou fora das regras constitucionais e que uma possível minuta de golpe seria uma proposta a ser submetida ao parlamento, não algo decidido unilateralmente pelo presidente. Ele também defendeu os manifestantes presos durante os atos de janeiro e falou sobre a importância de eleições limpas para a democracia.

O ex-presidente já foi considerado inelegível por oito anos pelo TSE por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, bem como por aproveitar as celebrações do bicentenário da independência do Brasil para sua campanha de reeleição.