Homenagem à escrava piauiense -

Esperança Garcia é retratada como rainha pela escola de samba Mangueira

A escrava Esperança Garcia, hoje reconhecida como a primeira mulher advogada do Piauí, foi retratada como rainha pela Mangueira. Na avenida, foi representada por Evelyn Bastos, rainha de bateria da escola de samba carioca, que com o enredo sobre os Heróis Esquecidos do Brasil levou o estandarte de ouro do grupo especial.

Em entrevista ao site G1, a musa da Mangueira comentou a homenagem. “A Esperança Garcia hoje na minha fantasia representa o pobre, o favelado e, sobretudo, a mulher negra, porque nosso comprovante de residência já sofre um preconceito. Mas resolvemos retratá-la em forma de rainha”, disse.

Falou ainda da importância de fazer do carnaval um palco de debate político e de manifestação cultural. “Acho importante a fantasia trazer um discurso, porque tem a manifestação cultural em forma de arte. Ter um discurso político é fundamental para a nossa história enquanto carnaval”, completou.

A carta, datada de 06 de setembro de 1770, é considerada a primeira petição do Brasil. Foi endereçada ao governador da capitania, e nela Esperança Garcia denunciou que era vítima de maus tratos e pedia providências. O documento original está em Portugal e uma cópia foi descoberta no arquivo público do Piauí em 1979.

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