Um tiro na cabeça -

Tribunal Militar exonera PM acusado de matar o campeão de jiu-jitsu Leandro Lo em show

O Tribunal de Justiça Militar (TJM) de São Paulo decidiu, na quarta-feira (18/06), pela exoneração do tenente Henrique, da Polícia Militar paulista. O oficial responde judicialmente pelo homicídio do campeão mundial de jiu-jitsu Leandro Lo, morto com um tiro na cabeça durante um show na zona sul da capital, em 2022, após uma discussão entre os dois. As informações são do Metrópoles.

Foto: ReproduçãoReprodução

Segundo o TJM, o ex-tenente cometeu faltas disciplinares graves, com condutas "incompatíveis com a função policial" e que ferem a honra da corporação, do Estado e os direitos humanos fundamentais. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que cumprirá a decisão judicial, sem detalhar quando ocorrerá o desligamento formal.

Henrique Velozo está preso no presídio militar Romão Gomes desde agosto de 2022. Inicialmente, ele havia perdido o direito ao salário de R$ 10,8 mil por decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), mas a medida foi revertida em março deste ano pelo ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), com o argumento de que a suspensão do pagamento violava o princípio da presunção de inocência, já que o PM ainda não foi condenado.

O crime
Leandro Lo, de 33 anos, foi morto em agosto de 2022 após se desentender com o tenente durante um show em um clube de São Paulo. Após a discussão, Velozo teria se aproximado da mesa do atleta e pegado uma garrafa de uísque, momento em que foi derrubado e imobilizado por Lo. Ao ser solto, o policial sacou a arma e disparou na cabeça do lutador.

Testemunhas relataram que, mesmo com Lo caído, o PM teria dado dois chutes na região do ferimento. O atleta foi socorrido em estado grave ao Hospital Municipal Arthur Saboya, mas não resistiu.

Depois do crime, o tenente deixou o local sem prestar socorro, foi a outra balada em Moema e seguiu consumindo álcool. Posteriormente, ele foi para um motel em Pinheiros com uma testemunha, a quem teria pedido que servisse como álibi. O pedido foi negado.

Velozo foi indiciado por homicídio triplamente qualificado — por motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou defesa da vítima —, crimes que podem levar a penas de 12 a 30 anos de prisão. O julgamento está previsto para ocorrer entre os dias 5 e 6 de agosto, no Fórum Criminal da Barra Funda.

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