Na próxima semana, o Supremo Tribunal Federal (STF) iniciará a análise de um pedido feito por Jair Bolsonaro (PL) para que o ministro Alexandre de Moraes seja declarado impedido de relatar a investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado, que resultou no indiciamento do ex-presidente e de outras 36 pessoas. Com informações do BNews.

Foto: Antonio Augusto/TSE

O pedido foi protocolado em fevereiro, após a primeira operação da Polícia Federal (PF) sobre o caso. No entanto, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, que é responsável por analisar esse tipo de solicitação, rejeitou a ação. A defesa de Bolsonaro recorreu da decisão, e o recurso será agora analisado pelos ministros da Suprema Corte. O julgamento ocorrerá entre os dias 6 e 13 de dezembro, por meio do plenário virtual.

O recurso será analisado após a conclusão pela PF da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado, a abolição violenta do Estado de Direito e a formação de organização criminosa, que resultou no indiciamento de Bolsonaro, ex-ministros, militares e aliados, todos os quais negam as acusações.

Na última terça-feira (26), Moraes encaminhou o relatório final da PF sobre o caso para a Procuradoria-Geral da República (PGR), que deverá analisar e apresentar uma denúncia contra os envolvidos. Além disso, o ministro retirou o sigilo da investigação.

No pedido, a defesa de Bolsonaro argumenta que há "manifesto impedimento" de Moraes para conduzir o processo, apontando um "nítido interesse" pessoal do ministro no caso. Os advogados do ex-presidente alegam que Moraes estaria pessoalmente envolvido devido à investigação da PF sobre um plano que teria como um de seus objetivos a prisão do próprio ministro.