O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter a prisão preventiva do general Walter Braga Netto, investigado por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. De acordo com Moraes, os fundamentos que justificaram a detenção continuam válidos, não havendo alteração no cenário que permita sua libertação provisória.

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A decisão destaca que a acusação apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) foi aceita de forma unânime pelo STF, reforçando a existência de provas do crime e indícios suficientes de autoria. Braga Netto é apontado como integrante essencial do núcleo central do plano golpista, segundo a denúncia.

Além disso, Moraes argumentou que o início da fase de instrução processual reforçou a necessidade de manter o general preso. Para o ministro, a liberdade de Braga Netto representaria risco tanto à condução do processo quanto à efetividade da aplicação da lei penal, dado o potencial de interferência nas investigações.

O ministro também citou o depoimento recente do ex-comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Junior, que relatou ter sido pressionado por militares sob orientação de Braga Netto para apoiar o golpe. A prisão preventiva do general ocorreu em dezembro de 2024, sob suspeita de obstrução das investigações, tentativa de acesso a informações sigilosas e articulação de versões entre os envolvidos.