Direito da Saúde -

Laura Nascimento defende efetividade das leis para saúde mental de pessoas com deficiência

Durante o Simpósio de Saúde Mental, realizado nesta última terça-feira (28/01), na sede da OAB-PI, Laura Nascimento, advogada especialista em Direito da Saúde e presidente da Comissão de Defesa da Pessoa com Autismo da OAB Piauí, abordou questões fundamentais sobre a saúde mental das pessoas com deficiência e seus familiares.

Foto: 180graus.advogada especialista em Direito da Saúde e presidente da Comissão de Defesa da Pessoa com Autismo da OAB Piauí.
Laura Nascimento, advogada especialista em Direito da Saúde e presidente da Comissão de Defesa da Pessoa com Autismo da OAB Piauí.

Laura destacou a relevância de eventos como este para debater a saúde mental, especialmente no contexto da neurodiversidade, que pode aumentar a vulnerabilidade a transtornos como ansiedade e depressão. Ela alertou para as dificuldades que essas pessoas enfrentam, incluindo uma maior propensão a doenças cardiovasculares, acidentes e câncer. "Nós temos que falar muito sobre isso. A gente tem que olhar pra quem cuida, cuidar de quem cuida, porque essas crianças com autismo, paralisia cerebral e outras deficiências têm que ter alguém para cuidar delas", afirmou.

Foto: 180graus.

Ela enfatizou a sobrecarga enfrentada pelas mães de crianças com deficiência, que lidam com um acúmulo constante de estresse e angústia, o que pode desencadear problemas de saúde mental. Além disso, Laura mencionou a importância de efetivar a Lei Brasileira de Inclusão, que prevê o atendimento psicológico para a pessoa com deficiência e seus familiares, mas que na prática ainda não tem sido amplamente cumprida. “Até hoje, não conheço nenhuma mãe atípica que tenha conseguido garantir atendimento psicológico pelo Estado. E isso torna tudo ainda mais difícil para elas, pois já enfrentam inúmeras barreiras para garantir os direitos dos próprios filhos. Como podem ter tempo e energia para buscar algo para si mesmas?”, questionou.

A advogada concluiu a sua fala enfatizando a necessidade de garantir a efetividade das políticas públicas voltadas para essas mães, defendendo uma maior implementação das leis que já existem e a criação de novas políticas que atendam às suas reais necessidades.

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