
Justiça mantém Marcola em presídio federal por mais um ano para conter influência no PCC
A Justiça de São Paulo decidiu que Marco Willians Herbas Camacho, de 57 anos, conhecido como Marcola e apontado como líder máximo do Primeiro Comando da Capital (PCC), continuará preso em um presídio federal por mais um ano. A medida atende ao pedido do Ministério Público de São Paulo (MPSP) para prolongar sua permanência fora do estado.
Atualmente, Marcola está detido na Penitenciária Federal de Brasília, para onde foi transferido em fevereiro de 2019, junto com outros membros da alta cúpula do PCC que estavam na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (SP). A transferência teve como objetivo isolar os líderes da facção e dificultar sua comunicação com o grupo criminoso.
Com a decisão, ele permanecerá em um presídio federal pelo menos até 2025, impedindo que retorne ao estado onde o PCC tem sua base principal, o que dificulta sua articulação com a organização criminosa.
Influência e risco de fuga
De acordo com o MP, a Justiça considerou que Marcola segue como o chefe principal do PCC, exercendo forte influência sobre seus integrantes e sendo o maior alvo de possíveis planos de resgate organizados pela facção.
Na sentença, o Deecrim destacou que, mesmo cumprindo pena em São Paulo, ele ainda comandava o PCC e continuava praticando crimes, mesmo dentro de uma unidade de segurança máxima estadual. A decisão reforça que suas condenações ultrapassam 300 anos de prisão, incluindo crimes como homicídios, roubos e porte ilegal de armas de uso restrito. Ainda restam 260 anos de pena a serem cumpridos.
Para a Justiça, um possível retorno de Marcola a um presídio paulista representaria risco de retomada das atividades criminosas. Além disso, a Secretaria Estadual da Administração Penitenciária (SAP) enfatizou que sua presença poderia desestabilizar o sistema carcerário de São Paulo, tornando inviável sua transferência de volta.
Fonte: Metrópoles