Presos pela DRACO -

Justiça decreta prisão preventiva de grupo acusado de vender máquinas falsificadas em Teresina

A Justiça converteu em prisão preventiva as detenções de Alexandre Brunecher de Macedo, Bruno Ivanovich, Fabiana Aparecida da Silva, Igor Luis Ivanovich, Jaqueline Pelik da Silva, Luís Miguel Estevão, Sheila Rista, Solange Aparecida Oliveira Andrade, Tiago Ivanovich Estevão e Vitor Ivanovich Coistiti. Os suspeitos foram presos pelo Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), acusados de comercializar máquinas e ferramentas falsificadas.

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A decisão foi assinada pelo juiz Alexsandro de Araújo Trindade, da Central de Audiência de Custódia de Teresina, no dia 29 de janeiro de 2025.

Investigação e Prisão

De acordo com o relatório do DRACO, a operação teve início após o delegado Daniell Pires ser informado por um conhecido sobre a venda suspeita de máquinas da marca Stihl em Altos-PI, a preços muito abaixo do mercado. A desconfiança de que se tratava de um golpe levou as autoridades a investigarem o caso.

Ao abordar os suspeitos no local da venda, verificou-se que as máquinas eram falsificadas, pois, apesar de levarem o selo da Stihl, apresentavam características e qualidade inferiores. Durante diligências, foi descoberto que parte do grupo estava hospedada no Hotel Teresinha, em frente à rodoviária de Teresina, e outra parte no Hotel Kaká, na Avenida Henry Wall de Carvalho, bairro Lourival Parente, em Teresina-PI.

Os criminosos ofereciam os equipamentos como produtos originais da Stihl, quando, na realidade, eram imitações vendidas por um valor muito inferior ao real. Enquanto um produto autêntico da marca custa mais de R$ 3.000,00, os falsificados eram vendidos por apenas R$ 1.000,00. Alguns dos envolvidos foram presos em flagrante na cidade de Altos/PI, enquanto outros foram detidos nos hotéis mencionados, em Teresina.

Estrutura da Organização Criminosa

Os suspeitos relataram que o líder do esquema é um homem identificado como Rodolfo, conhecido como "Pequeno". Ele adquiria as máquinas da marca Yamasaki por valores entre R$ 400,00 e R$ 500,00 em São Paulo e Minas Gerais. Além disso, ele providenciava a falsificação dos selos da marca Stihl e a impressão de notas fiscais fraudulentas.

O grupo era organizado em equipes que utilizavam de 10 a 12 veículos para distribuir e vender as máquinas falsas em diversas cidades, incluindo Vitória da Conquista/BA, Petrolina/PE e municípios do Piauí, onde acabaram sendo presos.

Fundamentação da Prisão Preventiva

A Justiça considerou que o grupo vinha cometendo crimes em diversos estados brasileiros, incluindo Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Pernambuco e Piauí. Além da compra dos insumos e da falsificação de selos e notas fiscais, a organização praticava o estelionato com a venda dos produtos adulterados.

Segundo o magistrado, trata-se de uma organização criminosa estruturada, com divisão de tarefas bem definida. O suposto líder, Rodolfo, era responsável pela aquisição dos equipamentos e pela falsificação dos documentos. O restante do grupo se encarregava da distribuição e venda nas cidades por onde passavam.

Diante da gravidade dos fatos e da continuidade delitiva, a prisão preventiva foi decretada para garantir a ordem pública e evitar novas infrações, uma vez que medidas cautelares alternativas foram consideradas insuficientes para coibir a ação criminosa.

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