Ranço Escravocrata -

Fundadora do Sintra Domésticos, Luísa Araújo, denuncia a realidade do trabalho doméstico em evento

Nesta última terça (28/01), em um evento em alusão  ao Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, que ocorreu no auditório do TRT-22, Luísa Araújo, fundadora e diretora financeira do Sindicato dos Trabalhadores Domésticos, fez um relato contundente sobre a realidade enfrentada por muitos trabalhadores domésticos. Em sua fala, Luísa Araújo descreveu situações de maus tratos e desrespeito, como a exigência de usar o elevador de serviço e a falta de reconhecimento da profissão.

Foto: 180graus.Luísa Araújo, Fundadora do Sintra Domésticos.
Luísa Araújo, Fundadora do Sintra Domésticos.

A fundadora do sindicato denunciou a persistência de um "ranço escravocrata" na relação entre empregadores e trabalhadores domésticos, evidenciando a exploração e a desvalorização da categoria. Luísa Araújo relatou casos de trabalhadoras que são obrigadas a se sentar no chão para fazer suas refeições, que têm seus pratos e talheres separados e que sofrem outras formas de humilhação.

A diretora financeira do sindicato destacou que o trabalho doméstico é uma profissão como qualquer outra e que merece respeito e dignidade. Ela ressaltou que a maioria dos trabalhadores domésticos são mulheres, muitas delas negras e mães solo, que precisam do salário para sustentar suas famílias. Luísa Araújo criticou a falta de reconhecimento do valor do trabalho doméstico por parte de alguns empregadores, que não hesitam em gastar dinheiro com supérfluos, mas relutam em pagar um salário justo às suas funcionárias.

Diante dessa realidade, Luísa fez um apelo para que a sociedade se conscientize sobre a importância do trabalho doméstico e para que os empregadores tratem seus funcionários com respeito e dignidade. Ela também defendeu a necessidade de levar essa discussão para as universidades e faculdades, para que os jovens já vejam o trabalho doméstico com outros olhos.

Instagram

Comentários

Trabalhe Conosco