O ex-presidente da República e ex-senador Fernando Collor de Mello, de 75 anos, foi preso nas primeiras horas desta sexta-feira (25/04), em Maceió (AL), após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A ordem de prisão foi cumprida por volta das 4h da manhã, enquanto Collor se dirigia a Brasília para se apresentar de forma voluntária, segundo informou sua defesa.

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A prisão ocorre após o STF rejeitar o último recurso apresentado por sua equipe jurídica, tornando definitiva a condenação do político a 8 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele foi levado para a sede da Superintendência da Polícia Federal em Alagoas, onde permanece sob custódia.

As acusações contra Collor estão ligadas à sua atuação entre 2010 e 2014, período em que teria usado sua influência política para favorecer contratos da BR Distribuidora — então subsidiária da Petrobras — com a empreiteira UTC. Em troca, teria recebido vantagens indevidas que somam cerca de R$ 20 milhões, segundo a Procuradoria-Geral da República.

A condenação, firmada em 2023, foi confirmada em julgamento apertado no STF: seis votos a quatro. A decisão autorizou o início imediato do cumprimento da pena em regime fechado.

Fernando Collor tem uma longa trajetória política. Foi prefeito de Maceió, deputado federal, governador de Alagoas, e eleito presidente da República em 1989, sendo o primeiro eleito por voto direto após o regime militar. Seu mandato foi encerrado em 1992 após um processo de impeachment, do qual renunciou antes da conclusão. Anos depois, voltou à cena política como senador, cargo que ocupou até 2023. Em 2022, tentou novamente o governo de Alagoas, mas ficou em terceiro lugar.