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Escravidão é tema de mostra documental do Núcleo de Memória do TJ-PI

Na manhã desta segunda-feira(09), o Núcleo de Memória do Tribunal de Justiça do Piauí inaugurou um espaço permanente dedicado à história do judiciário no novo Palácio da Justiça, localizado na Av. Padre Humberto Pietrogrande. O espaço foi pensado para servidores(as), magistrados(as) e o público em geral, com objetivo de compartilhar conhecimentos através de exposições sobre a história do judiciário piauiense.

“É de suma importância para o Núcleo de Memória ter esse espaço permanente, para que a história da Justiça seja perpetuada em todos os cantos do Piauí, tendo o Tribunal como ponto de partida, mostrando as pessoas que integram o judiciário a cultura, tradição e história”, destacou o presidente do Núcleo de Memória, desembargador aposentado Luiz Gonzaga Brandão de Carvalho.

A primeira exposição do espaço conta com a temática Escravidão, em alusão aos 134 anos da abolição da escravatura no Brasil. A mostra documental concentra diversos documentos originais da época da escravidão, como cartas de alforria, comprovantes de compra e venda de escravos, crimes envolvendo escravos e outros registros documentais que marcam o período da escravidão no Piauí, recolhidos pelo Núcleo de Memória do TJ-PI no ano de 2021, em diversas comarcas do interior do Estado.

Um dos documentos que chama atenção do público refere-se ao julgamento do escravo Miguel Raimundo de Moraes, acusado de ter ferido gravemente o soldado Francisco das Chagas Monteiro e posteriormente fugido do local. O escravo pertencia ao tenente Pedro Melchiades de Moraes, e o promotor de justiça ofereceu denúncia com o art. 205 do código criminal vigente à época. O julgamento foi realizado pelo Tribunal do Júri de Piracuruca.

“Estava chegando quando avistei essa exposição e me deparei com esses documentos que nos fazem revisitar o passado e compreender a história da abolição da escravidão, que considero uma grande conquista social”, disse a servidora Cibele Fontes ao passar pelo local.

O curador da exposição e secretário do Núcleo de Memória, Willame Carvalho, explica que a mostra documental Escravidão é resultado de esforço concentrado de pesquisa em diversas comarcas do Estado para trazer a história de pessoas escravizadas, esquecidas em livros, mas que fazem parte da história da escravidão no Brasil.

A mostra ficará aberta ao público até sexta-feira (13), das 10h às 16h, no prédio administrativo do novo Palácio da Justiça, na sala do Núcleo de Memória, e depois deve ser apresentada em diversas cidades pelo Piauí.

Fonte: TJ-PI

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