Erivan Gonçalves de Almondes, que já ocupou o cargo de secretário de Agricultura no município de Inhuma, foi denunciado pelo Ministério Público do Estado do Piauí pela morte de Adriano Dias Meirelis, conhecido como "Adriano de Zé Mirica". O crime, ocorrido em 2 de março de 2025, teria sido motivado por um desentendimento pessoal e executado com três disparos à queima-roupa. Segundo a Promotoria, a ação demonstrou frieza e desprezo pela vida, caracterizando homicídio triplamente qualificado.

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A confusão teve início na Churrascaria Alves, no Povoado Banguês, onde a vítima trabalhava com sua companheira. No local, Adriano pediu que Erivan se retirasse, alegando que sua presença era indesejada. O pedido teria irritado o ex-secretário, que saiu do restaurante enfurecido e foi visto pouco depois em um bar próximo dizendo que voltaria. Armado, ele retornou à churrascaria, mas foi impedido de atirar por uma intervenção corajosa da companheira da vítima, que se colocou entre os dois.

Mais tarde, o confronto se concretizou em um cruzamento no centro de Inhuma. Ao encontrar Adriano novamente, Erivan sacou a arma, ameaçou e atirou três vezes. Mesmo gravemente ferido, a vítima conseguiu dizer quem havia sido o autor dos disparos antes de morrer a caminho do hospital, vítima de hemorragia intensa provocada pelos tiros.

Além da brutalidade do ato, o assassinato gerou uma onda de comoção pela situação da família da vítima. Adriano era o principal apoio de um filho com deficiência e cuidava dos pais idosos. A denúncia foi recebida no dia 23 de março pelo juiz Elvio Ibsen Barreto de Souza Coutinho, da Vara Única de Inhuma, e o processo segue agora para a fase de instrução.