
Cartórios corrigem certidões de óbito de vítimas da ditadura militar no Distrito Federal
Após uma resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), cartórios começaram a emitir certidões de óbito corrigidas para as vítimas da ditadura militar. A medida visa esclarecer que as mortes desses indivíduos não ocorreram de forma natural, mas foram causadas pelo Estado. No Distrito Federal, quatro casos serão ajustados, incluindo o de Abelardo Rausch de Alcântara.

Na década de 1970, Alcântara foi levado pelos militares de sua casa, sem deixar rastros. Sua esposa, Elza, e seus filhos viveram décadas de luto e incerteza sobre seu destino. O regime militar tentou justificar sua morte alegando um suicídio, mas agora, com a correção, será reconhecido que ele foi assassinado pelo Estado.
Esse é apenas um exemplo do que aconteceu com outras vítimas da ditadura, como Rubens Paiva, cujo caso foi retratado no filme ‘Ainda Estou Aqui’. Ambas as histórias revelam a brutalidade do regime e a dor das famílias que, por mais de 50 anos, aguardaram o reconhecimento oficial do que realmente ocorreu.