Danos causados pelas mídias -

Austrália planeja proibir redes sociais para menores de 16 anos

O governo da Austrália anunciou planos para proibir o acesso de menores de 16 anos às redes sociais. Em um pronunciamento nesta quinta-feira (7), o primeiro-ministro Anthony Albanese revelou que, nas próximas duas semanas, enviará um projeto de lei ao Parlamento com essa proposta. O objetivo é reduzir os danos causados pelo uso excessivo das mídias sociais entre os jovens. Com informações do SBT News.

Foto: Reprodução

"A mídia social está prejudicando nossos filhos, e estou colocando um fim nisso. Conversei com milhares de pais, avós, tias e tios, e todos estão, assim como eu, extremamente preocupados com a segurança das nossas crianças online. Quero que as famílias saibam que o governo está aqui para protegê-las", afirmou Albanese, destacando questões como misoginia e problemas relacionados à imagem corporal.

Embora não tenha detalhado como a proibição será aplicada, o premiê informou que as plataformas serão responsáveis por verificar a idade dos usuários. O governo está avaliando a possibilidade de realizar uma "varredura biométrica" ou utilizar dados do banco de dados nacional para confirmar a idade dos usuários.

Albanese também esclareceu que não haverá penalidades para os usuários que desrespeitarem a lei e que a fiscalização ficará a cargo da Comissão de Segurança Eletrônica. Ele reconheceu que a medida pode não impedir totalmente o acesso dos menores às redes sociais, mencionando que jovens frequentemente burlam as restrições de idade para comprar bebidas alcoólicas.

"Desde o início, queremos deixar claro que não esperamos resultados de 100%. Não estamos dizendo que as mudanças legislatórias irão resolver todos os problemas imediatamente, mas essas leis ajudarão a definir os parâmetros para nossa sociedade e garantir os resultados certos", afirmou o primeiro-ministro.

A proposta de limitar o uso das redes sociais atende a uma petição da iniciativa 36Months, que arrecadou mais de 125 mil assinaturas. O documento argumenta que as crianças "não estão prontas para navegar nas mídias sociais com segurança" antes dos 16 anos e que o uso excessivo das plataformas está afetando o desenvolvimento psicológico dos jovens, gerando uma epidemia de doenças mentais.

Nas redes sociais, o movimento comemorou o anúncio, chamando-o de um "momento monumental" e uma "grande conquista" para os milhares de apoiadores da petição.

Fonte: SBT News

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