
Antônio Fiuza destaca potencial de investimentos e sustentabilidade na mineração do Piauí
O advogado e especialista em direito internacional privado, com foco em investimentos internacionais, Antônio Fiuza, compartilhou sua visão sobre o impacto e as oportunidades do Projeto de Lei Estadual de Mineração durante o evento "Transformando a Mineração no Piauí: Apresentação de Propostas para o Setor", realizado nesta sexta-feira (31/01). Fiuza expressou otimismo em relação às propostas apresentadas e ressaltou a importância de mudar a percepção sobre a mineração, abordando tanto os desafios quanto às perspectivas de desenvolvimento.

Fiuza iniciou sua fala destacando a relevância do evento e a sintonia entre as propostas discutidas e suas próprias observações no campo da iniciativa privada. "Eu fiquei muito feliz com esse evento hoje, as propostas que foram colocadas e as pretensões, porque alguns pontos que foram colocados eram questões que eu já tinha em visão dentro da iniciativa privada", afirmou, referindo-se à discussão sobre os impactos ambientais da mineração. O especialista fez uma reflexão sobre a percepção de que a mineração seria mais destrutiva para o meio ambiente do que outras atividades, como o agronegócio.
"Do meu ponto de vista, ela destrói até menos do que o agronegócio. Por exemplo, enquanto uma área de mineração de 100 hectares pode ser muito produtiva financeiramente, para o agronegócio, para ser produtiva financeiramente em larga escala, ela necessita de 50, 100 mil hectares", comparou Fiúza, defendendo que a mineração, quando bem regulamentada, pode ter impactos ambientais menores do que muitas outras práticas. Ele enfatizou que essa visão equivocada sobre a mineração precisa ser desconstruída, como foi abordado durante o evento.
Além disso, Fiuza destacou a importância da interação entre o setor de mineração e as comunidades locais, essencial para o sucesso do projeto. "Os outros pontos de interação com a sociedade, com as comunidades locais, são extremamente necessários, inclusive para evitar questões de violência regionais relacionadas a reações contra as implantações", afirmou. O advogado reforçou que esse tipo de diálogo é fundamental, tanto para a aceitação social quanto para a manutenção da paz e da harmonia nas regiões de mineração.
Por fim, Fiuza expressou sua confiança nas oportunidades de crescimento do Piauí, considerando o estado como uma "potência ainda não explorada" na área mineral. "O estado do Piauí tem tudo a ser explorado. E, logicamente, esse fato de estar ainda abaixo de outros estados nessa exploração é um ponto de interesse também da iniciativa privada para investimento nesta área", concluiu.