Estava detido em Recife -

Alexandre de Moraes revoga prisão do ex-ministro do turismo Gilson Machado

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu revogar a prisão preventiva do ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, que estava detido em Recife (PE) sob a suspeita de ter tentado ajudar Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, a obter um passaporte português para deixar o país.

Foto: ValterCampanato/Agencia BrasilAlexandre de Moraes revoga prisão do ex-ministro do turismo Gilson Machado
Alexandre de Moraes revoga prisão do ex-ministro do turismo Gilson Machado

Moraes argumentou que a prisão já havia cumprido seu propósito e poderia ser substituída por medidas cautelares. Ele indicou que existem indícios de que Machado tentou auxiliar Cid a escapar da Justiça, o que poderia ser considerado obstrução de uma investigação relacionada a uma organização criminosa. Contudo, com a apreensão de celulares e o depoimento de Machado, que negou qualquer envolvimento, a manutenção da prisão não se mostrou mais necessária.

As medidas cautelares impostas incluem:

Comparecimento quinzenal à Justiça na comarca de origem, às segundas-feiras.

Proibição de sair da comarca.

Cancelamento do passaporte e proibição de obter um novo documento.

Proibição de deixar o país.

Além disso, Moraes proibiu Gilson Machado de manter contato com outros investigados no caso, mesmo que por intermédio de terceiros, e alertou que o descumprimento dessas medidas pode resultar em nova prisão. A decisão foi comunicada ao presídio COTEL, em Abreu e Lima (PE), onde Machado estava detido desde a manhã de sexta-feira.

A Polícia Federal investiga que, em maio de 2025, Gilson Machado tentou obter um passaporte português para Mauro Cid no Consulado de Portugal em Recife. Também foi identificado que Cid buscou serviços para obter cidadania portuguesa em janeiro de 2023. A decisão de Moraes também menciona que Gilson realizou uma campanha de arrecadação para Bolsonaro nas redes sociais em maio de 2025. As investigações continuam, e a PF tem um prazo de dez dias para apresentar os laudos das perícias dos materiais apreendidos.

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