O Governo do Piauí tem intensificado a vigilância sobre as secas que afetam o estado, através da Sala de Monitoramento e Previsão de Eventos Climáticos Extremos da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh). Este esforço é fundamental para o desenvolvimento e implementação de políticas públicas eficazes voltadas para a mitigação dos impactos das secas na população local.

A Sala de Monitoramento da Semarh, em colaboração com o Monitor de Secas do Brasil, coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), utiliza uma combinação de conhecimentos técnicos, científicos e tecnologias avançadas para acompanhar a evolução das condições de seca. Desde a sua criação em 2013, o monitoramento fornece dados essenciais que orientam a definição de medidas estratégicas para enfrentar a crise hídrica.

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Sara Cardoso, coordenadora da Sala de Monitoramento da Semarh, destacou a relevância do acompanhamento contínuo, mencionando que o monitoramento é utilizado para apoiar a Operação Água e Vida. Este plano de contingência visa mitigar os efeitos da seca e proteger o bem-estar da população, através de ações adaptadas às condições emergentes.

A Semarh também está atualizando o Programa de Ação Estadual de Combate à Desertificação e Mitigação da Seca para melhor atender às necessidades das comunidades locais. Recentemente, foi realizada uma Audiência Pública em Picos para discutir e propor estratégias que combatam a desertificação e ajudem a minimizar os riscos associados.

Os dados mais recentes mostram um aumento na área afetada pela seca no Piauí, que subiu de 51% para 66% entre junho e julho, marcando o maior nível de seca desde janeiro de 2024. A severidade da seca no estado aumentou, com a seca moderada passando de 14% para 16% do território. Atualmente, 119 municípios estão livres de seca relativa, 113 enfrentam seca fraca, e 19 lidam com seca moderada, sem registros de seca grave, extrema ou excepcional.

O avanço da seca fraca no Centro e da seca moderada no Sul do estado, impulsionado por anomalias negativas de precipitação, evidencia a necessidade de ações contínuas para minimizar os impactos, tanto de curto quanto de longo prazo. Essas ações são uma das 14 prioridades do plano de gestão ambiental do Governo do Piauí, coordenadas pela Semarh, visando criar um ambiente mais seguro e sustentável para todos os piauienses.