3 acusações relativas à invasão -

Perdoado por Trump, invasor do Capitólio é condenado a prisão perpétua

Foto: Reprodução

Edward Kelley, um dos invasores do Capitólio dos Estados Unidos em 2021, foi condenado a prisão perpétua nessa quarta-feira (2/7) por planejar o assassinato de agentes especiais do FBI que o investigaram por suas ações no dia 6 de janeiro de 2021. Com informações do Metrópoles.

Kelley foi condenado em novembro de 2024 por conspiração para assassinar funcionários dos Estados Unidos; solicitação para cometer um crime de violência; e influência ou retaliação contra funcionários federais por meio de ameaças. No entanto, o presidente dos EUA, Donald Trump, o perdoou junto a outros 1.500 réus que respondiam por crimes relativos a invasão do Congresso norte-americano.

Entenda

Em um de seus primeiros atos como presidente, Donald Trump perdoou 1,5 mil invasores do Capitólio.

Trump fez promessa de campanha para liberar manifestantes que foram condenados e estão presos.

O Capitólio dos EUA foi invadido em 6 de janeiro de 2021 e a ação deixou 5 mortos e 140 feridos.

O prejuízo da invasão, segundo estimativas de outubro de 2022, ultrapassou R$ 15,2 milhões.

J.D.Vance, vice de Trump, já disse que só os que fizeram uma manifestação pacífica devem ser perdoados.

A defesa de Kelley tentou argumentar que o perdão presidencial concedido a Trump deveria se aplicar à sua conduta no plano de assassinato. No entanto, Thomas A. Varlan, juiz distrital dos EUA, discordou e impôs a sentença nessa quarta-feira durante uma audiência em Knoxville, Tennessee.

O juiz concordou com os promotores federais que pediram prisão perpétua para Kelley, chamando-o de “sem remorsos” e escrevendo que ele “não demonstrou capacidade nem desejo” de se reabilitar.

“Pelo contrário, Kelley não apenas acredita que as ações pelas quais foi condenado foram justificadas, mas que seu dever como um autoproclamado ‘patriota’ o compeliu a visar as autoridades policiais do leste do Tennessee para assassinato”, escreveram os promotores federais.

Ainda segundo os promotores , “Kelley cometeu crimes sérios, violentos e todos planejados para atingir o mesmo objetivo: o assassinato de policiais federais, estaduais e locais. Ele formou uma autoproclamada milícia para atacar o FBI e conduziu exercícios de combate para concretizar seu plano”.

O memorando da decisão aponta que o condenado elaborou estratégias para bombardear o escritório do FBI em Knoxville.

Os promotores destacaram que Kelley também “elaborou uma lista de agentes a serem alvejados” e, em seguida, “deu o sinal verde — ‘iniciem’ — aos seus confederados, observando que ‘cada golpe tem que doer'”.

A defesa de Kelley buscou argumentar, sem sucesso, que “nenhum indivíduo foi diretamente ameaçado de dano ou violência por Kelley, e ninguém ficou ferido” e que “Kelley não merece a mesma sentença que um ‘terrorista’ de verdade que feriu ou matou centenas ou milhares de americanos”.

Austin Carter, outro invasor, admitiu ter conspirado com Kelley no plano de assassinato e se declarou culpado. O julgamento dele está previsto para agosto.

Fonte: Metrópoles

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