Uso proibido do nome -

Paulo Ricardo vence disputa judicial e decreta fim da banda RPM

Foto: Reprodução

Paulo Ricardo obteve na Justiça de São Paulo uma decisão que proíbe seu ex-parceiro, o guitarrista Fernando Deluqui, de usar a marca RPM. Deluqui vinha realizando shows pelo Brasil com uma nova formação da banda, que inclui Dioy Pallone, Kiko Zara e Gus Martins.

Segundo Rogério Gentile, colunista do UOL, Ricardo moveu uma ação judicial alegando que o novo grupo é uma "banda cover" e não deve ser associado ao RPM original, famoso nos anos 1980. "Muitos fãs e consumidores acabam por ser enganados. Acreditam adquirir ingressos e produtos do RPM quando na verdade é de outra banda", declarou Ricardo.

Na ação, Paulo Ricardo argumentou que deseja proteger a memória e o legado do RPM, "que faz parte da história de tantas pessoas". A juíza Luciana Alves de Oliveira deu decisão favorável ao cantor.

A magistrada determinou que Deluqui e sua nova banda estão proibidos de usar o nome RPM, afirmando que o grupo está "absolutamente desfigurado e que isso implica em clara desvalorização da marca". Ela também declarou que Deluqui precisaria da autorização de Paulo Ricardo e dos herdeiros dos músicos Paulo Pagni (falecido em 2019) e Luiz Schiavon (falecido em 2023) para usar a marca.

“Não se pode admitir que, na qualidade de cotitular da marca, [Fernando Deluqui] opte por juntar-se a terceiros para pretensa conservação da banda, que já não guarda nenhuma identidade com sua formação original”, diz a sentença.

Fernando Deluqui Apela da Decisão

Em sua defesa, Deluqui alegou que Paulo Ricardo foi excluído da banda por descumprir o contrato e que tem um documento assinado pelos outros integrantes em 2011, que “assegura a continuidade da banda mesmo com a saída, voluntária ou não, substituição ou exclusão de qualquer dos seus integrantes”.

"A bem da verdade, Paulo Ricardo, desde a fundação da banda, sempre teve como foco principal o individualismo e sua carreira solo e nunca teve o mesmo espírito de grupo que os demais integrantes", afirmou Deluqui.

Deluqui também disse que o RPM nunca enganou seu público e sempre deixou claro quem são os novos membros da banda. Ele comparou a situação a bandas como Barão Vermelho, que continuaram com mudanças em sua formação original.

“Alteração na formação de bandas de rock, nacionais ou internacionais, é algo muito corriqueiro e, por óbvio, as bandas prosseguem com suas atividades e com os nomes pelos quais são conhecidas, sem que isso possa representar qualquer conduta enganosa em relação a seus fãs e ao público em geral”, declarou Deluqui no processo.

Fonte: Bnews

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