Motoristas e cobradores de ônibus de Teresina decidiram iniciar uma greve no transporte público da capital a partir desta segunda-feira (12/05). A informação foi divulgada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Rodoviário do Estado do Piauí (Sintetro), que representa a categoria.

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Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial, alegando que estão há três anos sem aumento, além de melhorias em benefícios como ticket-alimentação e auxílio-saúde. Na última sexta-feira (9/05), já haviam sido registradas paralisações pontuais em diversos pontos da cidade.

Segundo Cláudio Gomes, secretário de imprensa do Sintetro, a decisão pela greve foi tomada após tentativas frustradas de negociação com o setor patronal.

Para tentar minimizar os impactos da paralisação, a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) iniciou ainda na sexta-feira o cadastramento emergencial de veículos particulares, com o objetivo de reforçar o transporte de passageiros durante o período de greve.

O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) ingressou com medida cautelar junto à Justiça do Trabalho, solicitando o funcionamento de 100% da frota nos horários de pico e 89% nos demais horários. No entanto, a desembargadora Liana Ferraz de Carvalho determinou, por decisão judicial, que 80% da frota opere nos horários de pico (das 6h às 9h e das 17h às 20h, de segunda a sexta-feira), e 40% nos demais períodos. Em caso de descumprimento, será aplicada multa diária de R$ 50 mil.

A greve deve afetar diretamente a rotina de milhares de usuários do transporte público da capital.