A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgou, nesta segunda-feira (02/09), seu Relatório Anual de Exploração 2023, destacando um robusto plano de investimentos para a fase de exploração de petróleo e gás no Brasil. A previsão é que R$ 18,3 bilhões sejam investidos no setor até 2027, com a maior parte destinada à perfuração de poços.

Foto: Reprodução/ Agência Gov

Para 2024, os investimentos estão estimados em R$ 9,97 bilhões, sendo a maioria concentrada em atividades marítimas, com R$ 9,50 bilhões alocados para esse ambiente, e R$ 470 milhões destinados à exploração terrestre. Em termos de atividades, 88% dos investimentos serão direcionados à perfuração de poços, totalizando R$ 16,04 bilhões, enquanto o restante será dividido entre testes de poços e levantamentos geofísicos.

O Relatório Anual destaca que a fase de exploração envolve a assinatura de contratos para investigar a presença de petróleo e gás em blocos específicos. Se as quantidades encontradas forem economicamente viáveis, as empresas avançam para a fase de produção. A ANP, ao publicar o relatório, reafirma seu compromisso com a transparência e com a disseminação de informações do setor.

O ano de 2023 viu um decréscimo no número de blocos sob contrato, com 251 no total, uma redução de 44 blocos em comparação ao ano anterior. Esta diminuição se deve ao baixo número de contratos assinados e ao alto índice de devoluções de blocos. Em 2023, foram assinados apenas quatro contratos, enquanto 48 blocos foram devolvidos. As novas ofertas para os ciclos de concessão e partilha de produção ocorreram em dezembro, com a assinatura dos contratos prevista para 2024.

No que diz respeito ao desempenho da perfuração de poços, a tendência de perfurar um poço exploratório a cada dez blocos continuou em 2023, com um total de 22 poços perfurados. Descobertas foram notificadas em quatro poços no mar e 14 em terra, principalmente nas bacias de Santos e Campos, e em bacias terrestres da Amazônia e Parnaíba.