O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), reiterou nesta quarta-feira (07/02) a existência de suspeitas de irregularidades no Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). Criado em 2021 durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), o Perse visa auxiliar empresas afetadas pela pandemia de Covid-19. Haddad indicou que a Receita Federal está investigando empresas que utilizaram inadequadamente a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) para solicitar isenção de impostos. Com informações do Metrópoles.

Foto: BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto

Segundo o ministro, a Receita Federal está conduzindo uma investigação sobre possíveis irregularidades no Perse, especialmente relacionadas ao uso indevido do CNAE por empresas que não atuam no setor de eventos. Haddad enfatizou que, devido à gravidade da situação, foi solicitado à Receita que divulgue os dados por CNPJ, buscando maior transparência e permitindo que o Congresso Nacional tome decisões informadas sobre o programa.

Representantes de 12 associações e entidades dos setores de eventos e turismo estiveram no Congresso Nacional em defesa do Perse. Enquanto a equipe econômica de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) argumenta que as renúncias fiscais do programa não se justificam, Haddad destaca a necessidade de transparência nos dados para que o Congresso possa avaliar adequadamente a situação. Ele defende a punição das empresas que utilizaram o Perse de forma irregular.