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Golpes de empregos falsos no WhatsApp: um alerta para brasileiros em busca emprego

 Segundo dados do IBGE, no primeiro trimestre de 2025, mais de 7 milhões de brasileiros se encontravam desempregados. Esse quadro, que traz preocupações de ordem social e econômica, também propicia um ambiente vulnerável a outro tipo de perigo: os golpes virtuais.
 
Aproveitando-se da fragilidade dos indivíduos que buscam oportunidades profissionais, os golpistas têm investido pesado em esquemas de ofertas fajutas de emprego na internet – em especial por meio de plataformas como o WhatsApp – para roubar dados e dinheiro das vítimas.

Como os golpes funcionam

A maioria dos golpes de emprego começam com uma mensagem não solicitada no WhatsApp, supostamente vinda de uma grande empresa. O remetente pode oferecer uma “oportunidade exclusiva” que exige uma ação urgente, muitas vezes solicitando que o destinatário preencha um formulário, pague uma “taxa de processamento” ou clique em um link suspeito. Esses formulários podem solicitar documentos pessoais, como CPF, dados bancários ou informações de endereço, colocando as vítimas em risco de roubo de identidade ou prejuízo financeiro.

Em alguns casos, os golpistas vão além e pedem que os candidatos realizem tarefas (como promover um produto ou clicar em vários links) sob o pretexto de que essas são “avaliações pré-entrevista” ou parte do “treinamento”, enquanto coletam receita de publicidade ou dados de suas ações. Já em outros, eles se passam por empresas de recrutamento legítimas e cobram taxas por serviços inexistentes.

Principais tipos de golpes

Seguindo esses esquemas básicos, diversas espécies clássicas de golpes são aplicadas pelo WhatsApp. Abaixo estão as mais comuns.

Mensagens falsas de recrutadores

Nessa prática, os golpistas se passam por profissionais de RH e oferecem empregos que exigem um pagamento inicial com a desculpa de cobrirem o “registro”, “materiais de segurança” ou “uniformes” do trabalho.

Empregos de reenvio

Neste gole, é solicitado que as vítimas recebam e reenviem produtos de casa, agindo como se fossem armazéns intermediários. O que elas não sabem é que estão cometendo um crime ao repassar itens vinculados a compras fraudulentas.

Empregos de afiliados ou com comissões

Este esquema ocorre com os criminosos pedindo aos candidatos que invistam dinheiro de maneira antecipada em negócios suspeitos, sob a promessa de altas comissões que nunca se concretizam.

Links de phishing

Essa fraude se dá com o recebimento de mensagens maliciosas, muitas vezes com links para portais de empregos falsos, projetados para roubar credenciais de login ou infectar o dispositivo das vítimas com malware.

Como se manter em segurança

Quem busca emprego podem tomar várias precauções simples, porém eficazes, para evitar cair nesses golpes, como: 

● Usar uma VPN. Para quem estiver pensando “VPN o que é isso”, as redes virtuais privadas (ou VPN) são ferramentas de segurança digital que protegem sua conexão com a internet ao criptografar o tráfego de dados. Além disso, muitas oferecem recursos avançados como bloqueadores de anúncios e detecção de malware, que podem proteger ainda mais seu dispositivo contra riscos relacionados a golpes.

● Nunca pagar para se candidatar. Empregadores legítimos nunca pedirão dinheiro para processar sua candidatura, pagar por treinamento ou reservar uma vaga em uma entrevista. Se uma oferta de emprego solicitar pagamento adiantado sob qualquer pretexto, as chances são altas de se tratar de um golpe.

● Verificar a empresa. Como medida básica de segurança, é aconselhável sempre conferir a oferta recebida no site oficial da empresa ou ligar para o departamento de RH para confirmar a legitimidade da proposta. Caso os responsáveis pela mensagem se neguem a esperar por uma resposta, esse é um sinal clássico de que a oferta é fraudulenta.

● Prestar atenção na linguagem. As mensagens de golpistas costumam conter erros de gramática ou linguagem genérica. Ao encontrar textos excessivamente informais ou pouco profissionais, é bom desconfiar da legitimidade da comunicação.

● Não clicar nem compartilhar sem ter certeza. Em caso de dúvida, é melhor evitar clicar em links suspeitos que venham acompanhados de ofertas de emprego relâmpago. No mesmo sentido, é recomendável não compartilhar dados pessoais como CPF, informações bancárias e documentos digitalizados pelo WhatsApp com pessoas estranhas.
 
Com tantos desempregados no país, é esperado que esse tipo de fraude seja cada vez mais frequente. Por isso, é fundamental elevar os níveis de segurança virtual, tanto usando ferramentas de proteção, quanto desconfiando ativamente de mensagens suspeitas.

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