Após se tornar réu em 2023, acusado de violência contra a ex-mulher, o deputado federal Carlos Alberto da Cunha (PP-SP), conhecido como Delegado da Cunha, enfrenta agora um novo processo na Justiça de São Paulo. Dessa vez, as acusações são de abuso de autoridade e constrangimento ilegal durante uma operação policial em que atuou como delegado. As informações são do Metrópoles. 

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Da Cunha, de 46 anos, foi eleito por São Paulo em 2022 com mais de 180 mil votos e ganhou notoriedade nas redes sociais por compartilhar vídeos de operações policiais.

O novo caso remonta a julho de 2020, quando, durante uma operação em uma comunidade da zona leste de São Paulo, ele teria abusado de sua autoridade como delegado, constrangendo tanto a vítima de um sequestro quanto o próprio sequestrador que mantinha o cativeiro.

Segundo as investigações do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), há suspeitas de que Da Cunha tenha simulado o flagrante do resgate do cativeiro. Na ocasião, apesar de o homem sequestrado, acusado de estuprar uma adolescente da comunidade, já ter sido libertado, ele e o sequestrador foram obrigados a retornar à residência para que Da Cunha pudesse filmar a operação, apresentando-se como o responsável pelo resgate.

As imagens foram compartilhadas nas redes sociais do deputado e divulgadas à imprensa, como se ele tivesse capturado um suposto chefe do Primeiro Comando da Capital (PCC). Após a repercussão do caso, Da Cunha admitiu ter encenado a operação. "Eu quis novamente registrar a ação", afirmou.