Implementação dos resultados -

COP 30 propõe Agenda Global para acelerar ação climática e defende demarcação de Terras Indígenas

A futura Presidência da COP 30 divulgou sua quarta carta oficial à comunidade internacional, apresentando a visão para a Agenda de Ação Climática Global e reforçando o compromisso com a implementação dos resultados do Balanço Global (Global Stocktake – GST) do Acordo de Paris, definidos na COP 28. A proposta visa unir governos, empresas e sociedade civil em um esforço coletivo para cumprir os compromissos globais e avançar rumo ao desenvolvimento sustentável.

A Agenda será estruturada em seis eixos estratégicos:

  • Transição de energia, indústria e transporte;
  • Preservação de florestas, oceanos e biodiversidade;
  • Transformação da agricultura e dos sistemas alimentares;
  • Construção de resiliência para cidades, infraestrutura e água;
  • Promoção do desenvolvimento humano e social;
  • Facilitadores e aceleradores transversais.

“O objetivo é criar um mutirão global para implementar o Balanço Global como uma contribuição mundialmente determinada (GDC), integrando ações locais e globais em prol da justiça climática”, afirmou André Corrêa do Lago, presidente da COP 30.

O anúncio ocorreu durante as negociações da ONU sobre clima, em Bonn (Alemanha), com a participação de Corrêa do Lago, da diretora-executiva da COP 30, Ana Toni, e dos campeões de alto nível para o clima: Nigar Arpadarai (COP 29) e Dan Ioschpe (COP 30). A agenda busca acelerar a transição energética, frear o desmatamento até 2030 e impulsionar energias renováveis e a eficiência energética, com foco em uma transição justa e equitativa.

“Convocamos um esforço coletivo global para transformar ambição em ação concreta, conectando governos, implementadores e soluções reais no território”, reforçou Dan Ioschpe. O plano pretende reunir iniciativas replicáveis e escaláveis, com monitoramento transparente do progresso.

A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, também marcou presença na Conferência de Bonn como presidente do Círculo de Povos da COP 30 e da Comissão Internacional Indígena. Guajajara defendeu a demarcação de Terras Indígenas como política central de mitigação da crise climática. “Os povos indígenas oferecem um serviço essencial à humanidade com sua gestão territorial, e isso precisa se refletir em políticas públicas e financiamentos reais via fundos climáticos globais”, destacou.

A futura COP 30 busca inaugurar uma nova era da ação climática coletiva, na qual soluções duradouras se consolidem por meio da união entre políticas e pessoas.

Fonte: Governo Federal

Instagram

Comentários

Trabalhe Conosco