
Conceito de arquitetura sustentável e preocupação ambiental cresce no PI
Devido à condição atual de crise energética e de distribuição de água, há uma imensa oportunidade no mercado piauiense para empreendimentos sustentáveis, pois são construções mais resistentes aos problemas de abastecimento de água, além de serem capazes de reduzir o consumo dos recursos naturais e, consequentemente, os custos das obras.
O conceito é destinado à aplicação de tecnologias de menor impacto ambiental, onde são reduzidos os custos econômicos, a produção de resíduos (lixo) e as perdas sociais geradas por esse campo de atuação, responsável por 40% da geração de lixo urbano e cerca de 50% dos impactos ambientais diretos e indiretos no planeta.
De acordo com a arquiteta Geni Moura, a demanda por arquitetura sustentável tem se expandido em Teresina, principalmente devido ao clima da cidade. “A arquitetura sustentável se baseia em edificações que sejam adaptadas ao nosso clima, nas quais o consumo de energia poderá ser reduzido na adoção de paredes e coberturas com isolamento térmico, além de maior sombreamento, presença de vegetação e a redução da necessidade de abastecimento de água, entre outras soluções”, argumenta a arquiteta.
Segundo Geni, os piauienses têm alguns costumes em relação a construção que não favorecem a amenização do clima em suas residências ou empresas. “A radiação solar no Estado é muito grande, e a instalação painéis de vidro colaboram para o aumento da sensação térmica e faz com que assim o ar condicionado trabalhe mais”, disse.
A arquiteta sugere a instalação de painéis solares fotovoltaicos para aproveitamento da energia solar nos lares, além de sistemas de reutilização de água e implantação de tetos jardins. Quanto ao último, Geni destaca que a França aprovou recentemente uma lei que obriga os prédios comerciais a terem telhados verdes ou placas solares.
A arquiteta ressalta ainda que as construções sustentáveis proporcionam inúmeras vantagens e benefícios para os seus investidores. As principais são: melhoria da qualidade ambiental, como a redução da poluição do ar; redução da temperatura (sensação térmica); racionalização dos sistemas construtivos e de tecnologias e redução significativa na geração de resíduos de construção e demolição (RCD), que representa um ganho para o investidor e para o meio ambiente. “O investimento para esse tipo de arquitetura é alto, mas os benefícios são enormes e os resultados são proporcionados a médio prazo”, finaliza.
Box: Telhados verdes
A cidade de Recife aprovou recentemente a lei municipal 18.112, onde determina que todos os novos prédios residenciais e comerciais tenham telhados verdes.
Eles formam um isolamento de calor e ruído, o que reduz a necessidade de aparelhos de refrigeração durante o calor e aquecimento para o inverno. Além disso, bloqueiam as partículas de poeira, purificam o ar, e retêm água da chuva, além de reduzirem problemas de escoamento durante chuvas fortes.
Fonte: Com informações da Assessoria