Comissão da Anistia aprova caso de reparações inéditas para indígenas vítimas do regime militar
A Comissão de Anistia aprovou, pela primeira vez, reparação coletiva para uma comunidade indígena que sofreu repressão durante o regime militar. A Comunidade Indígena Krenak, de Minas Gerais, foi vítima de deslocamentos forçados, prisões, torturas e maus-tratos.
Esta é uma decisão inédita no país, que estima cerca de 8 mil indígenas mortos durante a ditadura. Após esse marco histórico, a Comissão também concedeu reparação à Comunidade Indígena Guyraroká, do Mato Grosso do Sul.
Segue-se a análise do "caso da Missão Diplomática Chinesa", composta por nove pessoas presas e torturadas sob a acusação de instalar o comunismo, convidadas pelo presidente deposto João Goulart. Enéa de Stutz e Almeida, presidente da Comissão, considera essa uma sessão histórica, onde o Estado brasileiro pela primeira vez reconhece e pede desculpas pela perseguição aos indígenas.
Estes julgamentos, marcados para lembrar os 60 anos do golpe de 1964, têm um significado simbólico crucial para a memória e justiça do Brasil.
Fonte: CNN
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