
Cientistas confirmam novo planeta na zona habitável classificado como Super-Terra
Pesquisadores do Reino Unido confirmaram a existência de um planeta localizado na zona habitável da estrela HD 20794, semelhante ao Sol. A descoberta foi publicada nesta terça-feira (28/01) na revista Astronomy & Astrophysics, após duas décadas de observações.
Segundo os cientistas, a descoberta pode abrir caminho para novas pesquisas sobre exoplanetas com características semelhantes à Terra e com potencial para abrigar vida. O estudo envolveu especialistas do Instituto de Astrofísica e de Ciências do Espaço (IA) e da Universidade de Oxford, na Inglaterra.
Nomeado HD 20794 d, o exoplaneta tem uma massa seis vezes maior que a da Terra e está localizado a aproximadamente 20 anos-luz do sistema solar. Ele é classificado como uma Super-Terra e segue uma órbita excêntrica, oscilando para dentro e para fora da zona habitável de sua estrela. Essa variação pode permitir a presença de água líquida na superfície, dependendo da posição do planeta em sua trajetória orbital.
O HD 20794 d foi identificado pela primeira vez em 2022, quando o cientista Michael Cretignier, da Universidade de Oxford, analisava dados arquivados de um espectrógrafo de alta precisão do Observatório de La Silla, no Chile.
“Trabalhamos no estudo dos dados por anos, analisando e eliminando gradualmente todas as fontes possíveis de contaminação”, afirmou Cretignier em entrevista à universidade.
Uma equipe internacional examinou minuciosamente medições coletadas ao longo de 20 anos pelo espectrógrafo chileno HARPS e seu sucessor, o Espresso, para confirmar que o sinal detectado correspondia, de fato, a um exoplaneta.
“Foi uma grande alegria quando pudemos confirmar a existência do planeta e um alívio, já que o sinal original estava no limite de detecção do espectrógrafo. Era difícil estar completamente convencido naquele momento se o sinal era real ou não. Sua proximidade conosco (apenas 20 anos-luz) significa que há esperança para futuras missões espaciais obterem uma imagem dele”, destacou Cretignier.
Fonte: Metrópoles