"Chapa Xana": traficantes vendiam lubrificante vaginal à base de maconha no DF
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) desmantelou uma rede criminosa especializada na produção e venda de produtos à base de maconha, incluindo um lubrificante vaginal chamado Chapa PPK, durante a Operação Aruanda, realizada na última terça-feira. O esquema, comandado por um casal residente em Pirenópolis (GO), estava ativo desde 2018 e operava por meio de um grupo no WhatsApp, oferecendo uma variedade de produtos, que chegavam a custar mais de R$ 900. Com informações de Metrópoles.
As investigações da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord) revelaram que o grupo não apenas fabricava lubrificantes, mas também outros itens como protetores labiais, utilizando a maconha como matéria-prima. O casal utilizava as redes sociais para promover seus produtos, que prometiam efeitos como "orgasmos múltiplos" e "sensação de nirvana".
Os preços do lubrificante variavam a partir de R$ 130 para um frasco de 15 ml. A propaganda destacava que o produto era "especializado para a região íntima" e promovia o suposto tratamento de condições como fissuras e ressecamento vaginal.
Além do tráfico de drogas, o grupo exercia ilegalmente a medicina e praticava curandeirismo, colocando em risco a saúde de pessoas e animais. Eles chegaram a prescrever substâncias para animais de estimação, enviando drogas até uma médica veterinária no DF.
A operação resultou na prisão de dois membros da quadrilha e na realização de quatro mandados de busca e apreensão nas cidades de Anápolis (GO) e Pirenópolis (GO). Os investigados enfrentarão acusações de tráfico de drogas interestadual, exercício ilegal da medicina, curandeirismo e charlatanismo, com penas que podem chegar a 39 anos de prisão.
A operação teve o apoio da Polícia Civil de Goiás (PCGO) e dos Correios, e faz parte de um esforço maior para combater a venda de produtos ilegais em todo o Brasil.