
Aula sobre cultura afro-brasileira gera polêmica em escola do DF
Uma aula do Centro Educacional do Lago Sul, escola pública do Distrito Federal, gerou polêmica ao abordar a "História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena". Vídeos e áudios gravados por alunos e compartilhados nas redes mostraram práticas e conteúdos que suscitaram reações diversas entre pais e autoridades. Com informações de Metrópoles.
Durante a aula, a professora utilizou folhas no chão para simular o ambiente de cerimônias de candomblé e escreveu no quadro letras de músicas associadas a religiões de matriz africana. Os registros da aula foram compartilhados nas redes sociais, provocando uma onda de críticas.
A situação se intensificou quando a mãe de um aluno encaminhou o material ao deputado distrital Pastor Daniel de Castro (PP), que não apenas expôs o caso nas redes sociais, mas também acionou o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). O deputado alegou que os pais não foram informados sobre a realização das práticas religiosas na escola, destacando a importância da laicidade do Estado e da pluralidade cultural no ambiente escolar.
Em resposta, o Centro Educacional do Lago Sul defendeu a aula, afirmando que as práticas e conteúdos estavam de acordo com as diretrizes do Ministério da Educação (MEC) e da Secretaria de Educação do DF, que regulamentam o ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena, conforme as Leis nº 10.639/03 e nº 11.645/08.
Nos áudios, a professora explicou a proposta da aula, que incluía práticas como a oferta de água a quem entra na sala, uma tradição dos terreiros. Ela também mencionou a intenção de discutir a cultura iorubana e outros cultos afro-brasileiros, promovendo uma compreensão mais profunda das religiosidades afro-indígenas.
A situação levantou um debate sobre a abordagem de temas religiosos e culturais nas escolas, a necessidade de informar os pais e a importância do respeito à diversidade cultural no sistema educacional.