Pelo menos 32 palestinos foram mortos em ataques militares israelenses na Faixa de Gaza entre a noite de sexta-feira (29) e o sábado (30), de acordo com autoridades médicas locais. Entre as vítimas estão civis e trabalhadores de organizações humanitárias, como relataram a agência palestina Wafa e a Defesa Civil de Gaza.

Um dos bombardeios aconteceu na região de Khan Younis, ao sul do enclave, onde nove pessoas foram atingidas por um ataque aéreo israelense contra um veículo próximo a uma distribuição de ajuda humanitária. Testemunhas e fontes do Hamas indicaram que o veículo estava sendo utilizado por agentes de segurança responsáveis pela supervisão da entrega de alimentos, como farinha, para a população.

Outro ataque, no centro da Cidade de Gaza, atingiu uma residência e deixou sete mortos, conforme reportou a Defesa Civil de Gaza. Com isso, o número de trabalhadores de defesa civil mortos desde o início do conflito, em 7 de outubro de 2023, chegou a 88, após mais um oficial ser atingido durante ataques em Jabalia, no norte do território.

O Exército israelense, por sua vez, declarou ter matado um palestino acusado de envolvimento no ataque do Hamas contra Israel em 2023. Autoridades israelenses também investigam alegações de que a pessoa atingida era funcionário da organização humanitária World Central Kitchen, com sede nos Estados Unidos. A agência Wafa informou que três trabalhadores dessa organização foram mortos em Khan Younis neste sábado, mas até o momento a organização não se pronunciou sobre o incidente.

A escalada da violência ocorre enquanto líderes do Hamas participam de negociações de cessar-fogo com autoridades egípcias no Cairo, poucos dias após um cessar-fogo ser acordado entre Israel e o Hezbollah no Líbano, conforme fontes da Reuters.