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Crítica | Warrior Nun, a nova série da Netflix é basicamente um 'John Wick' eclesiástico

 

    Netflix

 

Ultimamente, a Netflix tem se inclinado bastante no reino da fantasia em suas recentes e futuras produções – The Witcher foi um sucesso; The Old Guard, dirigida por Gina Prince-Bythewood, estrelou Charlize Theron como uma mercenária imortal com poderes especiais; e a nova série Cursed, que estreia no final de julho, reimagina a lenda do rei Arthur do ponto de vista da Dama do Lago – e, em termos de puro escapismo, você realmente não pode reclamar que a fantasia não esteja na moda.

 


 

O novo investimento de fantasia da Netflix é Warrior Nun, um mundo onde a ciência e a religião têm uma aliança oscilante de freiras guerreiras portadoras de armas especiais tentando manter as forças do Inferno afastadas. A história é bizarra, mas é muito divertida, conta a história do amadurecimento de uma garota que involuntariamente é transformada numa guerreira lendária com poderes legais.


 

A vida de Ava (Alba Baptista) acabou literalmente. Tendo vivido em um orfanato espanhol durante a maior parte de sua jovem vida como uma tetraplégica após um terrível acidente de carro, por causa disso, ela passou a tomar diversos remédios para sobreviver, a causa de sua vida, acaba sendo sua morte, pois Ava tem uma overdose e morre por causa desses medicamentos e seu corpo é transportado para um necrotério.


 

Durante uma luta até a morte entre as forças das trevas perto desse necrotério, uma das freiras juramentadas da Ordem da Espada Cruciforme acaba se ferindo mortalmente e, um Halo de metal brilhante é removido de seu corpo moribundo e incorporado nas costas de Ava por segurança, já que ela estava morta, assim, a Ordem teria tempo de trazer a freira de volta a vida novamente, mas o que eles não esperavam é que esse Halo escolhe Ava lhe trazendo do mundo dos mortos.


 

Sem entender nada, Ava acaba fugindo e é perseguida por uma equipe de freiras da tal Ordem, Ava – uma não-crente – deve escolher entre viver uma vida normal (impossível) ou juntar-se à ordem (potencialmente mortal). Enquanto isso, uma brilhante cientista (Thekla Reuten) descobre uma forma de abrir um portal para outra dimensão que ela acredita ser o Céu, mas como já sabemos, esse negócio de abrir portais dimensionais nunca é uma coisa legal – e para criar e desenvolver essa tecnologia, ela usa artefatos antigos feitos do poderoso metal Divinium, que por acaso é a única coisa que pode matar uma freira guerreira.


 

O enredo é ótimo, com a maioria dos episódios iniciais levados a cabo pela indecisão de Ava entre juntar-se à ordem proibitiva de freiras ou escolher um grupo de jovens detetives que lideram uma mansão cujo líder – um jovem chamado, apropriadamente, JC (Emilio Sakraya) – o qual Ava tem uma queda.


 

Mas o que realmente faz a primeira temporada de Warrion Nun se destacar são as fantásticas coreografia de luta. Em termos de ação, eles sabiam o que estavam fazendo, colocando as freiras lutando contra capangas de segurança privada, demônios interdimensionais na forma de Decepticons gigantes e até entre si. Gosta das cenas de lutas de John Wick? Warrion Nun chegou perto de ser melhor, bem perto!


 

A série é baseada no quadrinho americano em estilo mangá Warrior Nun Areala, que foi criado por Ben Dunn em 1994. Na série de quadrinhos, Areala era uma Valquíria que renunciou a suas crenças pagãs em 1066 e aceitou Jesus Cristo como seu salvador, e desde então voltou a todas as gerações de guerreiros, escolhendo um avatar mortal para sustentar sua alma. A série é popular e controversa, alguns cristãos discordam dos quadrinhos que se apropriam de imagens católicas e outros ignorando o hábito da série de apresentar a Igreja Católica como uma força apenas para o bem histórico. A série da Netflix, por outro lado, ao dar poderes à freira guerreira a um personagem não-religioso, pode ser um pouco menos tendencioso, sugerindo que, neste universo, o Céu e o Inferno Cristão são de fato reais e permitem que Ava escolha seu caminho menos por causa de um dever exclusivo da Igreja Católica e mais por causa do respeito que ela sente por seus companheiros e pelo chamado para proteger seu mundo do mal em geral.


 

Podem assistir é muito divertido e você termina rápido. Amém para isso. Recomendo!

 

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