Arte nos presídios -

Arte aproxima presos do sonho de liberdade e ressocialização no Piauí

Arte aproxima presos do sonho de liberdade e ressocialização no Piauí

 

 

 

Desde épocas remotas, após a percepção do ser humano da impossibilidade de se sobreviver sozinho, sem a necessidade de conviver com outros de sua espécie, sabe-se da ocorrência do encarceramento de homens e mulheres que não se enquadravam nas regras criadas pelo grupo a que pertenciam, como forma de castigo, de punição pelo desrespeito ao preceituado por tais regras.

As penas, principalmente a de prisão, possuíam a finalidade de controle, a guarda e disciplina dos submetidos às normas determinadas geralmente por um ser mais forte, que ditava as regras, ser este, que atualmente denominamos Estado.

No Piauí o trabalho de ressocialização através da arte, vem sendo desenvolvido pelo coordenador Valdsom Braga ( Artista Visual) grande êxito.Uma das diretrizes de trabalho no suporte ao processo de ressocialização, o teatro tem sido um importante instrumento e mudado a realidade de muitas pessoas privadas de liberdade no sistema prisional do Piauí.Atualmente, três projetos teatrais são desenvolvidos pela Secretaria de Estado da Justiça (Sejus). Na Penitenciária Feminina de Teresina, o projeto Mulheres de Aço e de Flores é composto por cerca de 80 reeducandas, que participam das oficinas de arte e já se apresentaram publicamente.Já na Penitenciária Irmão Guido, o projeto Espelho da Realidade reúne 30 detentos. Na Casa de Custodia 45 homens são contemplados com o projeto. Foi apresentado dentro do pavilhão a peça “Quando os Olhos não vem” Os projetos são coordenados por Valdsom Braga coordenador de artes e eventos da SEJUS (Secretaria de Justiça e cidadania do Piauí) Desde 2015, mais de 300 pessoas participam dos projetos teatrais nos presídios do Estado. Os projetos de arte buscam despertar o potencial artístico dos detentos. Muitos deles continuam participando das oficinas, dentro do presídio, mesmo após receberem o alvará de soltura, o que, para o secretário de Estado da Justiça, Daniel Oliveira, comprova o resultado da ressocialização.“É uma imensa satisfação ver que o trabalho feito dentro de um presídio possa ser levado para fora dele agregando conteúdo à sociedade. Isso comprova que tal trabalho é, de fato, possível, efetivo e eficaz, na medida em que transforma a vida das pessoas”, analisa o gestor.

“Essa peça tem ajudado a me expressar melhor e a tratar as pessoas de uma forma mais educada. Dado oportunidade de sermos ouvidos e mudar a mentalidade das pessoas sobre o que estar pro trás de quem comete um delito, a mídia só mostra a violência, mais por trás do erro tem uma historia, erramos e agora através dessa oportunidade estamos refletindo sobre a vida, sobre que fizemos e estamos tento oportunidade de ter uma nova história escrita.” Patrício de Andrade  reeducando e, agora, ator do Espelho da Realidade.

 

Confiram imagens feitas pelo celular do Coordenador de Artes do sistema prisional do Piauí Valdsom Braga, no momento da apresentação no Pavilhão da Casa de Custodia.

 

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