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Rafael Fonteles blinda secretariado: PT e MDB devem ganhar filiações, mas sem candidatos em 2026

É inegável a força política do secretariado de Rafael Fonteles, que conta com uma boa aprovação de grande parte das pastas. No entanto, o governador afirmou que os três secretários que se filiarão ao PT no próximo dia 20, assim como os outros três cotados para o MDB, não irão concorrer nas próximas eleições. A declaração foi dada em entrevista à imprensa na manhã desta segunda-feira (11/11).

Foto: Reprodução / Montagem: 180grausRafael Fonteles blinda secretariado: PT e MDB devem ganhar filiações, mas sem candidatos em 2026

“Sempre há tempo para entrar no processo político, mas obviamente que nenhum deles, como eu já falei anteriormente, será candidato a nenhum cargo eletivo, como já foi tratado”, afirmou Rafael.

Além da fala do governador, esta coluna apurou com uma fonte do gabinete de Rafael que a estratégia visa proteger o trabalho do secretariado. A ideia é que, ao evitar lançamentos prematuros, as ações das secretarias não sejam contaminadas pela política eleitoral. Fonteles busca, assim, o reconhecimento popular para as realizações das pastas.

Essa política contrasta com o cenário nacional de 2022, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro lançou quase todos os seus ministros como candidatos, uma grande jogada política que lhe rendeu vitórias importantes. O governador do Piauí, por sua vez, adota um caminho diferente.

Ao ser questionada sobre as filiações confirmadas ao PT e as cogitadas ao MDB, a fonte revelou que o objetivo é melhorar o relacionamento das pastas com os partidos da base governista.

Entre os nomes que irão para o PT, destaca-se Antônio Luiz, responsável pela Saúde, uma área com amplos recursos e um intenso relacionamento com gestores municipais. A pauta da saúde contribuiu para a eleição de cinco parlamentares em 2022 que integram a base de Rafael: os deputados federais Francisco Costa, Florentino Neto e Jadyel Alencar, além dos deputados estaduais Dr. Vinicius Nascimento e Pablo Santos (atual prefeito eleito de Picos). É provável que novos nomes surjam para disputar em nome da Saúde. Outro nome importante da pasta, o superintendente Dirceu Hamilton Campelo, também se filiará ao PT.

Foto: 180graus

Os outros dois secretários que irão para o PT são Washington Bandeira (Educação) e Marcelo Nolleto (Governo), ambos escolhidos pessoalmente por Rafael Fonteles. Bandeira é reconhecido pela sua gestão impecável e por seu excelente relacionamento com prefeitos de todo o estado, mesmo com aqueles que fazem oposição ao governo. Nolleto, homem de confiança de Fonteles, coordena uma pasta que dialoga diretamente com prefeitos e atua em colaboração com todas as demais secretarias, um cargo que o governador deseja manter distante de influências eleitorais.

Foto: AsCom

Já no MDB, um dos nomes cotados é o de Leonardo Sobral, que chegou a área pública pelas mãos do deputado estadual João Mádison. Fonteles vê que uma filiação precoce de Sobral poderia impactar os planos para as estradas do Piauí, setor que tem recebido muitos recursos e reconhecimento pela revolução implementada em apenas dois anos. Sobral também é visto com bons olhos pela cúpula do MDB por seu forte engajamento nas redes sociais.

Foto: AsCOm

Outro nome cogitado é o de Luccy Keiko, cuja gestão na Segurança Pública tem se destacado pela redução de homicídios e alta resolutividade, além das operações de grande repercussão nacional. Recentemente, Keiko também intensificou sua presença nas redes sociais, consolidando-se como um nome relevante entre o secretariado. Luccy também conta com sua grande experiência, exerce a função de delegado geral desde de 2018, sendo mantido no cargo por três governadores (Wellington Dias, Regina Sousa e Rafael Fonteles). 

Foto: 180graus

Samuel Nascimento, irmão do deputado estadual pelo PT, Dr. Vinícius Nascimento, tem sido outro destaque positivo da gestão de Rafael Fonteles. Professor de Direito na Universidade Federal do Piauí (UFPI), foi coordenador do Curso de Direito (2016-2018) e membro do Conselho Universitário (2017-2020). Graduado em Direito pela UESPI, é mestre e doutor em Direito Público pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas). Desde 2019, atuava como superintendente da Fundação Cultural e de Fomento à Pesquisa, Ensino, Extensão e Inovação (FADEX).

Foto: AsCom

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