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Rafael defende comunicação como pilar de governabilidade:'Sem popularidade, você perde estabilidade'

Encerrando sua participação na Conferência da Cátedra Otavio Frias Filho, promovida pela Folha de S.Paulo, o governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), fez um alerta claro sobre o papel da comunicação na era da desinformação: um governo sem estratégia de comunicação sólida está vulnerável, mesmo com bons resultados.

Foto: reproduçãoRafael

“Você pode estar fazendo tudo certo, mas se não comunicar bem, tudo pode ir por água abaixo. Uma fake news, um vídeo bem editado com narrativa falsa, pode destruir um projeto sério e comprometido com o povo”, afirmou.

Segundo ele, a comunicação não é apenas ferramenta de visibilidade, mas instrumento de proteção institucional, construção de estabilidade política e sustentação de uma agenda de longo prazo.

Popularidade como proteção

Fonteles relacionou diretamente a popularidade de um governo à sua capacidade de manter estabilidade, especialmente em cenários de polarização e descrédito institucional.

“Na democracia, a instabilidade se instala onde há fraqueza. E fraqueza, hoje, é falta de aprovação popular. Se você é bem avaliado, você consegue seguir uma agenda de longo prazo mesmo enfrentando desafios de curto prazo”, pontuou.

Comunicação descentralizada, rápida e regionalizada

Rafael afirmou que o governo do Piauí desenvolveu um modelo de comunicação versátil e descentralizado, com estratégias específicas para cada grupo, cada tempo e cada região. Do estúdio de rádio à live no Instagram, da coletiva à conversa no WhatsApp — cada canal é tratado como prioridade.

“Você tem que se comunicar com os 224 municípios, com as 12 regiões de desenvolvimento. E para cada uma delas, com suas lideranças, seus sotaques, seus temas, sua linguagem.”

Verdade como base da narrativa

O governador também ressaltou a importância de prevalecer a verdade de forma proativa, se antecipando a possíveis distorções, dúvidas ou resistências às políticas públicas.

“Se algo que vamos lançar pode gerar interpretação dúbia, já entramos antes com a explicação. E se surgir uma fake news, não esperamos: combatemos imediatamente. Esse é o papel da equipe de comunicação hoje — agir minuto a minuto.”

Conteúdo, integridade e linguagem acessível

Fonteles lamentou que a arena política muitas vezes favoreça quem comunica bem, mesmo sem conteúdo. E por isso defendeu que aqueles que têm história, preparo e compromisso com o bem público também precisam disputar espaço com habilidade comunicativa.

“Não basta ter conteúdo e integridade. Precisamos também falar bem, de forma acessível, rápida e presente. Porque quem fala bem está ganhando eleição, mesmo sem ter nada a oferecer. Então a gente precisa disputar essa arena também.”

A comunicação como eixo de governo

Para Rafael, comunicar é governar. “É nossa obrigação fazer com que a população entenda o que estamos fazendo e por quê. Isso exige tempo, paciência, dedicação. Mas é o único caminho para garantir que essa transformação que estamos construindo seja compreendida, apoiada e, sobretudo, defendida pela sociedade.”


 

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