Devan é o único vereador de oposição entre os oito mais votados em Campo Maior
A política de Campo Maior ganha novos contornos com a ascensão de Devan Eugênio como o único vereador de oposição entre os oito mais votados no município. A partir 2025, ele terá um papel central e desafiador ao liderar a resistência ao bloco majoritário que apoia o prefeito reeleito, Joãozinho Félix, que derrotou Paulo Martins nas urnas.
Com 1.347 votos, o equivalente a 4,53% dos votos válidos, Devan não apenas se destacou como o mais votado da sua chapa, mas também ocupou a segunda posição geral no ranking dos eleitos. Se por um lado ele emerge como um dos destaques da nova legislatura, por outro, a responsabilidade que recai sobre seus ombros é imensa. Em um ambiente onde a maioria dos parlamentares está alinhada com a gestão de Joãozinho Félix, o vereador do PT é a única voz declaradamente oposicionista entre os oito primeiros colocados.
Olhando para o top 8 dos mais votados, a composição revela o peso esmagador dos partidos de situação. Wellington Sena, do Republicanos, lidera com folga, obtendo 2.953 votos, o que representa quase 10% dos votos válidos. Na sequência, além de Devan Eugênio, vemos Gabriella Pinho (PP) com 1.295 votos (4,36%), Professora Michelle Maroca (REPUBLICANOS) com 1.148 votos (3,86%), Hilderlene Brito (REPUBLICANOS) com 1.066 votos (3,59%), Zacarias Neto (REPUBLICANOS) com 999 votos (3,36%), Benicio Barros (PP) com 915 votos (3,08%) e Geraldo Paz (PP) com 902 votos (3,04%). Entre eles, Devan é o único que não endossou a campanha do atual prefeito, o que torna sua atuação ainda mais estratégica e importante para o equilíbrio das forças políticas no legislativo municipal.
O fato de Devan Eugênio ter conseguido se destacar nesse cenário dominado por aliados de Joãozinho Félix é um indicativo de que sua base eleitoral é sólida e deseja uma representatividade mais ativa. Sua candidatura foi fortalecida não apenas pelo apoio familiar — algo que em si já é significativo, dado o peso político de sua família em Campo Maior —, mas também por sua capacidade de diálogo e sua proximidade com projetos sociais que reverberam os valores do governo de Rafael Fonteles e do presidente Lula. Seu discurso durante a campanha deixou claro que ele deseja manter essa sintonia com pautas que promovam inclusão e assistência aos menos favorecidos, temas que fazem parte do DNA do PT.
Entretanto, ser oposição em um ambiente de maioria situacionista exigirá habilidades políticas que vão além da popularidade nas urnas. Devan terá que lidar com uma câmara onde os interesses do prefeito estão amplamente representados. Isso significa que, além de defender sua pauta, ele precisará construir pontes, encontrar aliados em questões pontuais e, acima de tudo, manter sua base engajada. Ele será a voz que questiona, que cobra, que fiscaliza e que oferece uma alternativa aos rumos do governo municipal.
Ainda que a jornada à frente seja desafiadora, Devan Eugênio chega ao legislativo com um capital político considerável. Ele terá a oportunidade de não apenas fazer oposição, mas de construir uma plataforma sólida para si e para o seu partido, que possa servir como um contraponto eficaz à administração de Joãozinho Félix. Se for bem-sucedido nessa missão, poderá ser um nome forte para disputas futuras.
Campo Maior (PI): veja os vereadores eleitos:
- Wellington Sena (REPUBLICANOS) - 2.953 votos - 9,94%
- Devan Eugênio (PT) - 1.347 votos - 4,53%
- Gabriella Pinho (PP) - 1.295 votos - 4,36%
- Professora Michelle Maroca (REPUBLICANOS) - 1.148 votos - 3,86%
- Hilderlene Brito (REPUBLICANOS) - 1.066 votos - 3,59%
- Zacarias Neto (REPUBLICANOS) - 999 votos - 3,36%
- Benicio Barros (PP) - 915 votos - 3,08%
- Geraldo Paz (PP) - 902 votos - 3,04%
- Hamilton Segundo (PT) - 845 votos - 2,84%
- Professora Jacinta Bandeira (MDB) - 780 votos - 2,62%
- Conceição Lima (PT) - 778 votos - 2,62%
- Dr Italo (REPUBLICANOS) - 736 votos - 2,48%
- Haga (SOLIDARIEDADE) - 595 votos - 2,00%