
“Cuide da cidade e pare de fazer fanfarra com meu nome”, dispara Dr. Pessoa contra Sílvio Mendes
O ex-prefeito de Teresina, Dr. Pessoa (PRD), adotou um tom firme ao rebater as recentes declarações do atual prefeito, Sílvio Mendes (União Brasil), sobre o suposto rombo financeiro de R$ 3 bilhões herdado da gestão anterior. Em entrevista à TV Clube nesta quarta-feira (07/05), Dr. Pessoa acusou Mendes de usar seu nome como “bode expiatório” e avisou que não aceitará mais ser alvo de insinuações sem provas.
“Qualquer coisa que dizem é a administração anterior. Levante a cabeça, prefeito. Comece a olhar para o seu umbigo”, disparou o ex-prefeito, que se recupera de uma cirurgia nos olhos e recebeu a imprensa em sua residência. “Cuide da administração e deixe de fazer fanfarra com o meu nome”, completou.

Dr. Pessoa também afirmou que irá à Justiça contra acusações que considerar caluniosas ou infundadas, rompendo o silêncio que vinha mantendo desde o fim de sua gestão. “Agora vou à Justiça. Não se pode aceitar acusações vazias, sem provas, sem responsabilidade. Quem acusa tem que provar”, declarou, indicando que o embate pode sair do campo político e migrar para o jurídico.
Segundo o ex-prefeito, o atual gestor insiste em manter uma narrativa de confronto que já vinha sendo adotada desde antes da eleição. “Ele me detonou antes, durante e agora volta de novo. Quer continuar uma discussão política acalorada. Mas nós não vamos fugir da luta. Ele sabe quem sou eu e sabe da minha história”, afirmou.
As falas de Dr. Pessoa ocorrem em um momento de forte desgaste da Prefeitura de Teresina, que enfrenta problemas de caixa e dificuldade para manter serviços essenciais. Sílvio Mendes, ao assumir a gestão, reduziu terceirizados, extinguiu cinco secretarias e ainda assim afirma que não foi possível reequilibrar as contas públicas.
Enquanto isso, o ex-prefeito tenta se descolar da responsabilidade pelos números negativos apresentados e busca preservar sua imagem política, ao mesmo tempo em que se prepara para uma possível disputa judicial. A entrevista marca uma mudança na postura do ex-gestor, que agora parece disposto a enfrentar o atual governo também nos tribunais.