Mais cara a produção -

Juros altos, crise econômica e tensões geopolíticas afetam insumos agrícolas da Safra 2025/26

Altas taxas de juros, o ritmo lento da economia e conflitos geopolíticos têm pressionado os custos dos insumos agrícolas no Brasil, tornando mais cara a produção para a safra 2025/26. Segundo o portal Globo Rural, esses fatores têm forte influência sobre o câmbio e os custos de produção no país.

Foto: Arquivo/Agência BrasilFoto

Pedro Fernandes, diretor de agronegócios do Itaú BBA, destacou que as culturas de milho e soja serão diretamente impactadas, embora haja expectativa de crescimento na produção. De acordo com ele, menos de um terço dos fertilizantes foi comercializado até o momento para a próxima safra, e, mesmo assim, os preços não mostram tendência de queda. Ainda assim, a previsão é de que até 80% dos fertilizantes sejam vendidos.

“Vai haver aumento nos custos de produção da soja, mas para o milho safrinha talvez seja ainda mais complicado”, afirmou Fernandes na reportagem. Além disso, os preços das safras de laranja e café sofreram retração nas últimas semanas.

A valorização do real também interferiu nas expectativas de exportação, aumentando as importações e afetando especialmente o arroz. Já a redução nos preços da soja, do milho e de seus derivados tem barateado a ração animal, o que poderá favorecer produtores de aves e bovinos, mesmo diante da recente crise aviária.

-Projeções para a safra

A produção de soja deve atingir um novo recorde, com previsão de 174 milhões de toneladas – um crescimento de 2,3% em relação às 170,1 milhões de toneladas estimadas para a safra 2024/25, segundo a Consultoria Agro do Itaú BBA.

No caso do milho, espera-se uma expansão de 1,5% na área cultivada, que deve alcançar 22,6 milhões de hectares. Apesar do aumento, os custos de produção devem subir 8% em relação ao ciclo anterior. A projeção é de 130,4 milhões de toneladas, ligeiramente acima da safra passada (0,3%).

Para o café, a safra 2025/26 tende a ter custos menores e preços mais altos. O cenário é ainda mais promissor para a safra 2026/27, que poderá registrar uma média de 70 milhões de sacas, representando um avanço de 7,7% sobre o ciclo anterior, impulsionado por um clima mais estável.

Fonte: Bnews

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