Maiores potências -

Brasil ainda tem mercado de US$ 700 bi para explorar no agro mundial

O Brasil continua a consolidar sua posição como uma das maiores potências mundiais na exportação de produtos agrícolas, registrando um crescimento notável de 32% em relação ao ano anterior, com embarques totais atingindo US$ 158,9 bilhões (R$ 802,4 bilhões na cotação atual) em 2022. No entanto, um estudo recente realizado pelo Insper Agro Global revelou que existe um vasto mercado global ainda inexplorado ou pouco explorado, com um valor estimado de US$ 720 bilhões (R$ 3,6 trilhões) por ano. Com informações do Forbes.

Essa pesquisa destaca áreas nas quais o Brasil detém atualmente uma fatia de mercado muito pequena, exportando apenas US$ 5 bilhões (R$ 25,2 bilhões) em 2021, com uma participação de menos de 1% nesses segmentos.

De acordo com o estudo do Insper Agro Global, o Brasil tem a capacidade de se tornar um fornecedor regular e confiável de commodities adicionais além das que já exporta, mas diversificar mercados e produtos e agregar valor às exportações ainda é um desafio significativo.

O estudo se baseia nos dados do Global Agri Trade Data, que rastreia 76 grupos de produtos agrícolas. Entre os produtos com potencial de exportação identificados estão frutas, vegetais, alimentos processados, bebidas, laticínios, cacau, chocolate, nozes e oleaginosas (exceto soja).

Atualmente, as exportações brasileiras são concentradas em commodities como o complexo soja (grão, farelo e óleo), milho, celulose, açúcar, algodão, café, suco de laranja e carnes bovina, aves e suína. Esses produtos devem continuar a impulsionar a participação do Brasil no mercado global, mas a diversificação é vista como essencial para reduzir a dependência de um número limitado de produtos.

Marcos Jank, coordenador do Insper Agro Global, enfatiza a importância de diversificar tanto os produtos quanto os destinos das exportações. Ele destaca que há oportunidades em produtos com maior valor agregado, como frutas e alimentos preparados, que representam uma parcela significativa do mercado global ainda inexplorado.

Em relação aos destinos das exportações brasileiras, houve uma mudança notável ao longo das últimas duas décadas. A China e Hong Kong agora lideram como os maiores importadores de produtos agropecuários brasileiros, representando 33% do total. Em seguida, vêm o Oriente Médio e países africanos, com 19%, e a União Europeia, com 17%.

Em resumo, o Brasil mantém sua posição de destaque como potência agrícola global, mas a busca por diversificação de produtos e mercados é vista como um passo importante para aproveitar plenamente o vasto potencial de exportação que ainda está por explorar no mercado agrícola global.

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