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André Nogueira diz que 71ª edição da Expoapi vai ultrapassar a de 2021 e movimentará economia

Em entrevista exclusiva ao 180graus, o presidente da Associação Piauiense de Criadores de Zebu (APCZ) e coordenador geral da Expoapi, André Nogueira disse, que a 71° edição vai superar as expectativas de 2021 batendo, a marca de mais de R$ 30 milhões em vendas de animais. O evento terá início no dia 04 e vai até o dia 11 de dezembro e promete elevar a economia local e nacional.

Foto: 180graus

Um dos momentos mais aguardados da Exposição são os famosos leilões, é onde todo o esforço dos agropecuaristas é colocado em prática, porque neles acontecem os julgamentos das raças.  Serão realizados sete leilões, que irão do dia 04 ao dia 11 de dezembro. "Temos o espaço de leilões, é lá é onde culmina todo esse o nosso trabalho, é a parte de venda e comercialização dos animais. São sete leilões durante o a Expoapi. Hoje ela é uma das exposições que mais acontecem leilões do Brasil", continuou André Nogueira.

Segundo André, fazendeiros de 18 estados já confirmaram a presença na exposição, além de técnicos e profissionais do setor. "A última Expoapi o levantamento que foi feito foi de um faturamento na ordem de R$ 30 milhões de reais. Esse ano a gente acha que supera esse faturamento porque ela vem crescendo a cada ano e as coisas vem se valorizando muito. Então como é que que a gente calcula esses R$ 30 milhões aí? É a venda de animais em leilões, são 07 leilões, no ano passado teve um leilão que vendeu R$ 2,2 milhões e a venda de animais nos pavilhões, a pessoa que vem aqui quer me comprar um animal faça uma venda direta pra ele", disse.

Foto: 180graus

Espaço institucional e comercial

O espaço do Parque de Exposições Dirceu Arcoverde é dividido entre avenidas muito bem-sinalizadas. Já na entrada, nos deparamos com a avenida onde se concentram os espaços institucionais, que são reservados para a Prefeitura de Teresina, APCZ, Seagro, Emater, Polícia Militar, UESPI, IFPI, Codevasf, Embraba e na área comercial ficam as empresas que usam o espaço para a venda de maquinário, rações e outros implementos agrícolas. Na segunda avenida, se encontram os pavilhões onde são alojados os animais que irão participar dos leilões e os que serão vendidos ao consumidor final sem passar pelos olhos julgadores.

Foto: 180graus
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Movimenta a economia piauiense

Segundo o agropecuarista, a 70ª edição obteve um faturamento de R$ 30 milhões e neste ano a estimativa é de que ultrapasse esse montante com a venda de animais nos sete leilões.  Ainda segundo André, as fazendas conseguem arrecadar em média o montante de R$ 1,5 milhão em vendas. Cada pavilhão comporta duas fazendas. 

Foto: 180graus

"Isso acontece diariamente, tem dois shoppings acontecendo durante o evento que é esse shopping aqui da Fazenda EL e Fazenda Liberdade e o outro shopping ali que é o shopping da Fazenda Vitória. Então esses shoppings aí eles movimentam cada um mais de R$ 1,5 milhão em vendas. E aí nós temos os contratos que são fechados aqui com as instituições financeiras e o produtor. Com o Banco do Nordeste por exemplo, fecha um contrato de financiamento de R$ 1 milhão, em vendas de caminhonetes, vendas de tratores, vendas de máquinas agrícolas e também a movimentação das vendas aqui das empresas que expõe e também a venda da parte mais social, que é a parte de restaurantes, barracas e shows", explicou o presidente da APCZ.

Movimenta o turismo e comércio local

Além da venda de animais com os oito dias de exposição que movimenta a economia do Piauí, o evento também movimenta a rede de turismo local que envolve os restaurantes, pousadas, hotéis e os pequenos e grandes comércios.  Ou seja, a economia é movimentada do pequeno ao grande, sem distinção. 

"A Expoapi é o evento mais tradicional do estado, não tem nenhum que tenha tido nem a metade das edições da Expoapi, nem 35 anos, nunca teve. Na Expoapi são 71 anos, movimenta o setor hoteleiro, movimenta o setor de restaurante, pessoas que vem pra cidade durante esse período só de criadores nossos que já confirmaram que são mais de 18 estados participantes. Então vem a fazenda com seus funcionários, vem os donos das fazendas que se hospedam em hotéis, trazem sempre uma turma de amigos pra participar. Nós temos uma gama de técnicos que vem aqui para dar palestra, que vem aqui pra mostrar produto das empresas, então isso tudo gera uma movimentação muito grande na cidade, que a gente, não consegue nem dimensionar o que fica na cidade de recursos", relatou Nogueira sobre a influência que o evento no Estado.

Apesar da queda no PIB estadual em 2020, o setor agropecuário consegue crescer 10,8% em volume

Há muito tempo a agropecuária desempenha um papel de grande importância no cenário da economia do Piauí, além disso, foi uma das primeiras atividades econômicas a serem desenvolvidas no Estado. Sendo um dos setores que mais teve crescimento de acordo com o levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"A primeira colonização do Piauí se deu quando houve a expansão da pecuária pro interior do nordeste. Então os primeiros povoamentos do Piauí se deram através da pecuária. E de lá pra cá nós tivemos uma pecuária meio que primitiva, com números e financeiro muito baixo. A partir do momento que a gente faz uma exposição do tamanho, da envergadura da Expoapi você passa a trazer para o estado tecnologias que já são aplicadas em outros locais, em outros estados, em outros empreendimentos bem-sucedidos", continuou André.

Apesar da queda no PIB estadual em 2020, o setor agropecuário consegue crescer em volume. Em 2020, primeiro ano da pandemia da COVID 19, a economia do estado apresentou retração de -3,5%, decorrente das variações negativas em volume nos grupos de atividades da Indústria e Serviços.

"O que isso gera de benefício pro estado? A introdução de uma genética melhoradora, só para você ter ideia, nós tínhamos animais indo pro abate no Piauí aos cinco anos de idade com algo em torno de 16 arrobas. Hoje nós temos um boi indo ao abate com 24 meses, diminuímos aí três anos e com 20 arrobas, mais pesado com menos tempo. Nós temos as fêmeas que ficam aqui nas fazendas, no estado emprenhando com um pouco mais de um ano de idade. Cada touro que é vendido aqui vai servir a uma fazenda, ele está sendo na verdade uma introdução de um pacote tecnológico. Aquele touro vai gerar fêmeas mais precoce, machos que vão pro abate com menor idade, com maior peso, fêmeas com mais fertilidade, com mais habilidade materna pra criar os bezerros. E isso é dinheiro no bolso do pecuarista, ", finalizou.

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