Com cambio de seis marchas -

Novo Hyundai HB20S tem detalhes exclusivos; veja a avaliação completa

No mundo automotivo, um determinado segmento pode ser dividido em vários nichos. É o que acontece entre os sedãs compactos. O Hyundai HB20S foi reestilizado de olho não nos chamados sedãs pequenos de entrada, mas no nicho intermediário, liderado pelo Chevrolet Prisma. O preço de partida é de R$ 46.225, pedidos pelo Comfort Plus 1.0. É nessa fatia que HB20S pretende imperar. Mas o top Premium avaliado quer arriscar a chegar perto dos sedãs médios em preço. São R$ 66.365 com a adição de opcionais, que se somam ao preço de partida de R$ 62.275. Para passar essa impressão de carro mais caro, ele acena com faróis com leds e até aposta em uma grade totalmente cromada para se diferenciar do hatch.

O porte compacto pode desmentir essa pretensão de ser um Elantra mirim. Porém, os itens caminham na direção dos médios. Junto com o enriquecimento visual, a versão Premium conta com opção de couro cinza (R$ 1.590) – marrom no hatch e HB20X – e central multimídia blueMedia (R$ 2.500), itens que elevam o preço do HB20S completo a um patamar onde somente o Ford New Fiesta Sedan o ultrapassa - completo com itens como sete airbags, bancos de couro e controles de estabilidade e de tração, o mexicano chega a R$ 73.790. Pelo menos, passam a ser de série novidades como ar digital, airbags laterais, retrovisores com rebatimento elétrico e abertura do porta-malas na chave-canivete.

Melhor que o pretenso upgrade de classe foi a evolução mecânica. O 1.6 16V de 128 cv não se vale mais do tanquinho de partida, mas a grande novidade é a dupla de câmbios de seis marchas manual e automático. Agora, não é apenas o HB20S manual que anda bem, o automático de seis marchas faz bullying com o antigo de apenas quatro. Com a novidade, o Premium conseguiu ter reações próximas da suavidade e desempenho exigidos dos médios.

Embora a marca não tenha liberado o carro para medições na pista de testes de Autoesporte, o primeiro contato na pista da Goodyer no interior de São Paulo permitiu ver de cara a evolução. No hatch, o conjunto levou o automático de zero a 100 km/h em 10,4 segundos, 0,6 s a menos que o antigo. Mais rápido do que isso, só quando o 1.0 turbo for aplicado, com potência próxima do 1.6 e torque suficiente em baixa para substituir o motor maior.

Da mesma forma, o confinamento à pista de testes também impediu a rodagem sobre pisos deteriorados. Foi possível, contudo, pegar um ou outro obstáculo. Ao passar pelo primeiro buraco, nota-se que a suspensão foi tão bem modificada quanto no hatchback. Com isso, os baques secos dignos do mundo do samba se foram. O barulho é abafado como em um surdo, sem descambar para a bateria. Nas raras curvas, a carroceria continua a adernar em nome da calibração mais confortável.

Ao dedicar mais tempo à cabine, nota-se que alguns requintes são parciais. Caso dos revestimentos das portas, de couro apenas para os passageiros frontais, tal como o ar digital sem recurso de duas zonas. A direção elétrica consistente e uniforme do HB20X, ficou de fora por custo. Já os controles de tração e de estabilidade, só na nova geração. E as belas lanternas "clear type" só estão no Comfort Style para cima. Ainda que salgada, a central multimídia tem conectividade extra – o Android Auto funciona bem, mas o Apple CarPlay chega no próximo ano. Entre ser e parecer, o HB20S Premium é equilibrado. Mesmo que não seja um médio, é o sedã compacto do momento.

Fonte: Auto Esporte

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