Falou sobre gastos -

Vice-presidente defende aumento da alíquota de um imposto já existente

O vice-presidente da República, Michel Temer, defendeu nesta quinta-feira (3) a possibilidade de aumento temporário da alíquota de um imposto já existente como saída para as crises econômicas e política. Ele ressalvou, no entanto, que antes é preciso cortar gastos e "enxugar" contratos.

"A hipótese é tentar cortar gastos. Se você enxugar contratos, por exemplo, você consegue fazer... Eu sugeri isso hoje. Conversei com o ministro Levy e o ministro Barbosa antes de vir para cá e disse exatamente isso. [...] Se, ao final, se for preciso em algum momento, quando muito, você pode pegar algum tributo existente e aumentar um pouquinho a alíquota temporariamente, porque você não pode aumentar uma aliquota que seja permanente. Então, você aumenta temporariamente mas se for necessário ainda", declarou.

O vice-presidente participou de debate em São Paulo com o grupo Política Viva, organização que se autointitula suprapartidária e reúne empresários e estudiosos.

No evento, Temer também disse que argumentou contra a instituição da CPMF e que recomendou ao ministro da Fazenda cortar gastos, enxugar contratos e, se for preciso, elevar temporariamente alguma alíquota. O vice-presidente disse que na próxima terça-feira terá um jantar com sete governadores do PMDB, os presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para tentar encontrar caminhos para a crise.

Defesa de Joaquim Levy
O vice-presidente também declarou no evento que defendeu a permanência do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, no cargo e afirmou que o chefe da pasta possui “apoio pleno do PMDB”.

Informações de que Levy poderia deixar a equipe econômica deixou o mercado financeiro apreensivo nesta quinta. O ministro chegou a cancelar viagem à Turquia, onde ocorre reunião do G20, para se reunir com a presidente Dilma Rousseff. No fim da tarde, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, afirmou que Levy não deixará o governo. O chefe da Fazenda acabou voltando atrás e seguiu em viagem para a Turquia, segundo informou a assessoria da pasta.

"Ainda hoje falei com ele [Levy] que ele tem apoio pleno do PMDB. Ele disse que o PMDB está contra, e eu disse: 'nada disso'. A saída dele agora seria muito prejudicial para o país", declarou.

Temer afirmou, ainda, que o Brasil passa por uma crise econômica e política, mas não uma crise institucional. Para o vice-presidente, é necessário pacificar o país. Ele demonstrou expectativa de que a recuperação da economia, em meados do ano que vem, afaste a crise política.

Fonte: Com informações do G1

Comentários

Trabalhe Conosco