Presidente do senado recusa -

Tudo que você precisa saber sobre desoneração e como afetaria o Piauí

As medidas que a presidente Dilma tem tomado ultimamente não prejudica apenas o pobre trabalhador brasileiro que vai ter que se acostumar com os gastos com gás de cozinha, combustíveis e energia elétrica, os empresários também estão nervosos com tanto aumento nos impostos. E que vai pagar esse alto preço mais um vez é o cidadão, já que é gerado um verdadeiro efeito cascata.

Certamente nos últimos dias você deve ter ouvido falar na desoneração da folha de pagamento, que o Governo Federal nos últimos dias anunciou mudança. O presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB) inclusive anunciou nesta terça-feira (03/03) a devolução ao governo dessa medida provisória, número 669/2015.

A medida que foi publicada pelo governo na última sexta-feira (27/02), reduz a desoneração da folha de pagamentos das empresas, adotada em 2011 para aliviar os gastos com mão-de-obra das empresas e estimular a economia. Só que agora o Governo quer lançar mão do desenvolvimento para pagar o grande débito que possui, além de ‘tampar o rombo’ de tanta corrupção. Só sobra para o brasileiro.

O QUE É ESSA DESONERAÇÃO?
Antigamente as empresas pagavam um percentual por funcionário referente às despesas com previdência, mas em 2011 o custo do empregado foi reduzido. Invés de recolher a contribuição por cada funcionário, as empresas passaram a pagar um percentual fixo sobre o faturamento, que era de 1% ou 2%. Esses valores agora passaram para 2,5% e 4,5% respectivamente, um aumento que pode chegar aos 150%.

PORQUE O GOVERNO FEZ ISSO?
A resposta é simples: o governo gasta demais, e precisa tirar dinheiro de algum lugar. O objetivo é arrecadar mais impostos e tentar equilibrar as contas públicas, por isso retirou benefícios que aumentam os gastos das empresas com seus empregados.

QUANTO O GOVERNO DEVE LUCRAR COM ISSO?
Se realmente entrasse em vigor, significaria uma receita extra de R$ 5 bilhões no caixa da previdência em 2015 e pelo menos outros R$ 12 bilhões em 2016. Nem o próprio governo foi claro ao tomar essa medida, só disseram que não tinham como pagar parte da conta, como se o brasileiro pudesse.

PORQUE RENAN CALHEIROS DEVOLVEU A PROPOSTA?
O presidente do senado decidiu devolver a medida baseado no artigo 48 do regimento interno Casa: "impugnar as proposições que lhe pareçam contrárias à Constituição, às leis, ou ao próprio regimento".

Para o presidente Renan Calheiros, essa medida de Dilma é inconstitucional. “Não recebo a medida provisória e determino a sua devolução à Presidência da República”, declarou no plenário.

PETISTAS ODIARAM A DECISÃO
O senador DO Rio de Janeiro Lindbergh Farias (PT) disse que Renan não poderia tomar a decisão sozinho e acusou interferência política. “Se há problema na relação de um partido com a Presidência da República, temos que ter cuidado e responsabilidade para isso não interferir na economia. Mais respeito com o país. O impacto da decisão é gigantesco”, disse, defendendo essa medida que prejudica o Brasil.

COMO ISSO AFETA O PIAUÍ?
O 180 conversou com o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Piauí (Fiepi), Felix Raposo, que também é diretor administrativo da Socimol, e segundo ele, essas medidas prejudicam não só as indústrias do Piauí, mas de todo Brasil. “Isso representa um aumento na contribuição previdenciária que pode chegar a 150%. É melhor voltar a cobrança como era antes, porque uma empresa que tem muitos funcionários, até dá certo, mas uma empresa que tem um grande faturamento, mas poucos funcionários, não será ideal”, disse.

O QUE PODE ACONTECER SE A MEDIDA TIVER VALIDADE?
“Em regra geral vai prejudicar e trazer prejuízos. O governo deu um ‘tiro no pé’ ao aumentar os preços, pois gera um aumento na logística. No mundo inteiro, por exemplo, o preço do petróleo diminui, só aqui no Brasil tem aumento. Outros vários produtos vão ter o preço reajustado”, concluiu Félix Raposo.

PORQUE PREJUDICA AS EMPRESAS?
O 180 também conversou com o presidente da Associação Industrial do Piauí (AIP), Joaquim Costa, que explicou os efeitos da medida. “Vai ser uma cobraça acima do dobro que as empresas pagam do faturamento. Esse valor é um imposto absurdo que as empresas não têm condição de suportar. As empresas vão demitir, vão ter que repassar este custo para o consumidor. É o povo que vai pagar todos esses impostos. O governo se prepara para uma série de medidas que vão prejudicar o desempenho da indústria e do comércio em todo Brasil”, disse.

MEDIDA FINANCIA A CORRUPÇÃO
“Nós vamos chegar ao caos, a um nível de recessão nunca visto nos últimos tempos no Brasil. As empresas começam a ir para a clandestinidade, pois não tem condição de pagar, haverá problemas de arrecadação. É lamentável que o novo Governo invés de se propor a diminuir os gastos públicos, quer aumentar os impostos para financiar os desacertos que estão no país, um exemplo é a corrupção na Petrobras”, explicou o presidente.

DILMA DEVE DIMINUIR GASTOS
“O governo não pensa em diminuir os ministérios, porque é o cabide de empregos da classe política, infelizmente se não cortar os fastos públicos, o país vai desandar. O Governo trilha no caminho errado, a preocupação do empresário e do industrial é muito grande, a confiança no futuro está lá em baixo, ninguém está investindo porque não sabe o que vai acontecer”, afirmou Joaquim Costa.

INFLAÇÃO PODE VOLTAR
O presidente da AIP concluiu explicado um dos grandes temores dos brasileiros. “A volta da inflação é quase certa. O Brasil andou bem porque teve a inflação controlada. A partir do momento que aumenta, o governo gasta mais que arrecada, então é preciso produzir mais dinheiro e cobrar mais impostos para suprir a deficiência, como está acontecendo. Infelizmente é o povo brasileiro que vai pagar esta conta. A conta da corrupção da Petrobras é apenas uma delas. O brasileiro vai conviver com a inflação, aumento de impostos e desemprego. O industrial está revoltado com essas medidas do Governo”.

TODO MUNDO ‘ENTRA NO BOLO’
Por mais que os mais ‘esquerdistas’ defendam que os empresários e os mais ricos devam pagar mais, não se pode esquecer que quando a indústria e comércio são afetados com grandes impostos, quem paga a conta são os cidadãos brasileiros, que vão sofrer com desemprego, inflação e alta indiscriminada dos preços, como já vem acontecendo.

Fonte: None

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